Homenagem ao Preletor Ronaldo Luca Baffi

Homenagem ao Preletor Ronaldo Luca Baffi

Nascido em 5 de dezembro de 1934, na cidade de Uchôa-SP, o Preletor Ronaldo Luca Baffi retornou ao plano espiritual em 15 de setembro de 2021, aos 86 anos, 9 meses e 10 dias, na cidade de Ibiúna-SP.

Neste espaço reservado pelo Gabinete de Assistência Social e Filantropia da SEICHO-NO-IE DO BRASIL a pessoas que se destacaram pela sua generosidade e empenho na dedicação de amor ao próximo, hoje recebe homenagem o Preletor Ronaldo Luca Baffi, que teve seu passamento no dia 15 de setembro de 2021, aos 86 anos de idade, na cidade de Ibiúna/SP, onde residia na Casa de Repouso da Grande Harmonia.

Destacado e carismático preletor, contagiava todos os ambientes onde estava, iluminando tudo ao redor com sua alegria e palavras de gratidão e incentivo a todos.

Acompanhe um comovente texto escrito pela Aspirante a Preletora da Sede Internacional, Preletora Lílian Súzi Baffi Norimatsu, sua filha, no qual registra com singeleza uma breve biografia desse estimado líder que dedicou sua vida à iluminação da humanidade, e que deixou marcas na vida de todos que tiveram a feliz oportunidade de conhecê-lo.

O Preletor Ronaldo Luca Baffi cumpriu lindamente sua vida em favor do próximo, deixando por onde passou uma marca de benevolência, pureza de alma e atenção à todas as pessoas, coisas e fatos.

Em memória do meu amado pai,
Preletor Ronaldo Luca Baffi (5/12/1934-15/09/2021)

Por Lílian Súzi Baffi Norimatsu
Aspirante a Preletora da Sede Internacional

Nascido em 5 de dezembro de 1934, na cidade de Uchôa-SP, o Preletor Ronaldo Luca Baffi retornou ao plano espiritual em 15 de setembro de 2021, aos 86 anos, 9 meses e 10 dias, na cidade de Ibiúna-SP.

Era filho de Pedro Baffi e Dinorah Bruno Baffi, o terceiro de 7 filhos.

Na infância passou por uma experiência de resiliência, o que se tornou sua forte característica por toda a vida, tendo de estudar num internato em Monte Aprazível-SP, dos 11 aos 14 anos, tendo a companhia diária do seu irmão mais velho. Chorava muito, no início, sentindo uma falta enorme dos pais e dos demais irmãos, os quais se viam uma vez ao mês, mas foi superando graças a sua força interior, seu espírito expansivo de facilmente fazer amizades e de seu gosto pelo estudo, tornando-se o melhor aluno da sua turma. Esse prazer de estudar o fez professor, por 31 anos, de língua portuguesa, acumulando também longos anos como professor da língua francesa, tratado carinhosamente por Monsieur pelos ex-alunos que vivia encontrando e faziam questão de cumprimentá-lo no bairro da Paulicéia, em São Bernardo do Campo-SP, onde mais tempo exerceu sua profissão.

Casou-se em 8 de fevereiro de 1958 com Apparecida Gemma Saes Baffi, com quem conviveu por 58 anos, até ficar viúvo em 15 de julho de 2016, um dia depois dela completar 79 anos (14/07/1937). Tiveram 6 filhos, sendo 2 abortos espontâneos.  Passou pela tristeza que nenhum pai merece passar que foi de “perder” dois filhos: o mais velho, José Antônio Baffi (28/02/1959), no dia que completava 51 anos de vida (28/02/2010) e a mais velha das meninas, Rita de Cássia Baffi Onishi, 6 dias após ela completar 52 anos (02/10/2016). Também seu genro, Jorge Masanobu Onishi, aos 56 anos, em 13/07/2015. Continuou recebendo muito amor de seus filhos Eugênio Eduardo Baffi e Lílian Súzi Baffi Norimatsu, genro, noras, 5 netos e 1 bisneto.

 

Enquanto esteve na Casa de Repouso da Grande Harmonia, nos últimos três anos de sua vida e onde se dizia muito feliz por ali residir, o Preletor Ronaldo confeccionava cofrinhos que sua filha, Preletora Lilian, distribui para que as pessoas juntem valores para doar para as ações filantrópicas da Seicho-No-Ie.

Em 06/09/2018, nos seus últimos 3 anos de vida, passou a integrar também a família de residentes da Casa de Repouso Grande Harmonia da Seicho-No-Ie do Brasil. Lá fez amizades e deixou uma marca muito forte de simpatia, alegria e generosidade, já que elogiava sempre todos os funcionários com muita gratidão. Só tinha palavras de louvor quando se tratava da Casa. Nos falávamos todos os dias e sempre dizia: “minha filha, não se preocupe, aqui está tudo bem. Todos me tratam muito bem. Estou sendo útil aqui. Aqui a comida é muito boa. É sempre tudo muito limpinho. Eles pegam minhas roupas para lavar pela manhã e à tarde já devolvem limpinha”. Assim, sempre reconhecia as qualidades das pessoas e de suas ações, outra forte característica dele.

Lá desenvolveu sua habilidade manual confeccionando centenas de cofrinhos (foto). Como se divertia com esta atividade! Uma terapia para ele! O saudoso preletor Afonso, grande amigo e residente também da Casa, o chamava carinhosamente de “engenheiro”, já que os cofrinhos eram em forma de casas. Como ele ficava feliz ao me mostrar suas criações e vendê-los pra mim. O recurso era direcionado para a Casa. Hoje, os inúmeros cofrinhos que comprei, os nomeei como “Cofrinhos do Bem”. A todos que entrego peço para encherem de moedas e reverter para filantropia. Tenho certeza deque, desta forma, como ele dizia, ele continuará sendo útil.

Graças a ele conhecemos a Seicho-No-Ie. Foi em 1963, na primeira viagem do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi ao Brasil, quando teve o primeiro contato com o Ensinamento. Na cidade de Jales-SP, onde morava, foi convidado por um colega professor da escola onde lecionava a conhecer o Mestre de uma nova religião difundida há alguns anos no Brasil. Ele sempre lembrava com muita alegria do dia em que viu o Mestre, no auditório do cinema da cidade, junto com mais de 2 mil pessoas. Nunca imaginava que seria o “seu” Mestre. Na ocasião recebeu de presente deste colega um exemplar de A Verdade da Vida volume 1.

Ainda, nesta época, as reuniões da Seicho-No-Ie em Jales eram somente no idioma japonês e quem começou a participar foi a minha mãe. Quando ela voltava para casa meu pai dizia a ela: “Por que você vai a estas reuniões que você não entende nada o que falam?”. E minha mãe respondia: “É porque eu me sinto tão bem…”.

Em 1970 toda a família mudou-se para São Bernardo do Campo-SP e minha mãe começou a procurar a Seicho-No-Ie pelo município. Em 1973 começamos a frequentar no bairro de Rudge Ramos. Descobriram as reuniões de crianças no Núcleo do Ipiranga, em São Paulo-SP, e foi ali que meu pai iniciou sua missão como dirigente, apresentando as reuniões noturnas, uma vez por semana e, junto com minha mãe, sendo responsável pela Missão Sagrada do Núcleo.

Voltando a frequentar o Núcleo de Rudge Ramos, onde ficaram sabendo que um grande preletor da Seicho-No-Ie ministrava aulas 2 vezes por semana, tornaram-se Divulgadores da Seicho-No-Ie e Preletores pela antiga Regional ABC, hoje SP-SBCAMPO. Este preletor que os formou era Heitor Miyazaki, pelo qual meu pai sempre teve muito apreço e gratidão. Por ser professor da língua portuguesa, meu pai era sempre convidado pelo preletor Heitor a fazer a leitura em voz alta dos livros que estudavam nestas 2 aulas semanais. Assim, meu pai ia se aprofundando no conhecimento da Verdade, desenvolvendo ainda mais sua eloquência, outra forte característica dele, o que lhe propiciou sua atuação no Movimento, principalmente na área dos Educadores da SEICHO-NO-IE DO BRASIL.

Foram longos anos de atuação por diversas cidades do Brasil. Para ele, a distância nunca foi empecilho para a sua atuação. Nada importava: distância, cidade, locomoção, horário. Dizia sempre sim, com humildade e uma prontidão incrível. Sempre foi admirável sua jovialidade! Posso dizer que não vimos nosso pai envelhecer, apesar dos longos 86 anos. Mantinha sempre os sonhos em mente, a música e a poesia na boca, a dança nos pés, e como dançava, e o sorriso largo, a risada alta e contagiante. A sua luz nos iluminava muito. Qualquer ambiente, tendo meu pai lá, era feliz, muito feliz!

Em todo ambiente que o Preletor Ronaldo estava a alegria reinava, com sua risada alta e contagiante iluminando tudo e todos ao redor. Na foto, ele está ao lado do neto Diego.

Em 2019, recebeu o Licenciamento honroso como Preletor da Seicho-No-Ie, mas não deixou de ter o espírito de Dedicado à Iluminação.

Frequentando, com minha mãe, todas as segundas-feiras, as reuniões da Terceira Idade na Sede Central, fez grandes amigos, como o atual Coordenador Nacional da Terceira Idade pela Associação Fraternidade da SEICHO-NO-IE DO BRASIL, preletor Raimundo Maia. O Preletor Maia, muito comovido com a passagem de meu pai, no velório, sentiu o desejo de oferecer a condução da Cerimônia de Sétimo Dia, de forma virtual. Foi um lindo presente para nós.

Nesta Cerimônia, meu sobrinho, que costumava fazer um dueto com o vô (foto), cantou a música que mais meu pai cantava, de Vicente Celestino: Porta aberta. Muitas lembranças recordadas pelos amigos presentes nos emocionaram também e, finalmente, meu irmão disse: “Meu pai, como todo ser humano, teve seus erros, mas foi o melhor pai do mundo!”. Todos os filhos sempre pensaram o mesmo.

Na noite de 15/09/2021, após tomar seu banho, colocar seu pijama, deitou-se e disse: “Vou descansar um pouco e logo levanto para tomar meu leitinho”. E assim, nesta paz, estampada em sua fisionomia final, tranquilamente fez a passagem, como o melhor pai do mundo merecia. Seu corpo descansou, mas continuará ativo e trabalhando muito do iluminado plano espiritual em que agora se encontra.

Muito obrigada, papai. Muito obrigada, muito obrigada, muito obrigada…

Neste espaço reservado pelo Gabinete de Assistência Social e Filantropia da SEICHO-NO-IE DO BRASIL a pessoas que se destacaram pela sua generosidade e empenho na dedicação de amor ao próximo, hoje recebe homenagem o Preletor Ronaldo Luca Baffi, que teve seu passamento no dia 15 de setembro de 2021, aos 86 anos de idade, na cidade de Ibiúna/SP, onde residia na Casa de Repouso da Grande Harmonia.

Destacado e carismático preletor, contagiava todos os ambientes onde estava, iluminando tudo ao redor com sua alegria e palavras de gratidão e incentivo a todos.

Acompanhe um comovente texto escrito pela Aspirante a Preletora da Sede Internacional, Preletora Lílian Súzi Baffi Norimatsu, sua filha, no qual registra com singeleza uma breve biografia desse estimado líder que dedicou sua vida à iluminação da humanidade, e que deixou marcas na vida de todos que tiveram a feliz oportunidade de conhecê-lo.