Não existe o impossível para o Homem-Filho-de-Deus

Reverências, muito obrigado.

“Os seres humanos são maravilhosos Filhos de Deus, dotados de infinitas força e sabedoria, e, portanto, nada lhes é impossível. Tudo conseguem fazer e podem também ser felizes, desde que se proponham a fazer, pois é desejo de Deus que todos sejam felizes” – este é um dos Ensinamentos da Seicho-No-Ie. Inúmeras pessoas foram inspiradas por esse Ensinamento, e manifestando sua capacidade infinita, se tornaram empresários e cidadãos bem-sucedidos e felizes. Por outro lado, há pessoas que questionam: “Eu também fui ensinado dessa forma, então me empenhei, mas só tive fracassos e não me aconteceu nada de bom. Hoje, sou a infelicidade em pessoa. Por que não deu certo para mim?” Há outras pessoas que pensam: “Será que Deus realmente quer que sejamos felizes? Será que não há algo errado com o mundo que Deus criou, e por isso não consigo ser feliz? De fato, mesmo tendo aprendido que “O ser humano é Filho de Deus dotado de capacidade infinita”, há muitas pessoas que vivem infelizes por não terem conseguido atingir o objetivo almejado em sua vida. Será então que o Ensinamento da Seicho-No-Ie está errado? Eu digo que não. O Professor Masanobu Taniguchi, Supremo Presidente da Seicho-No-Ie nos ensina o seguinte:

Ainda que eu possa sentir que o infortúnio existe inegavelmente diante de mim, isto não é “ira”, “punição” ou “julgamento” de Deus. Deus não cria “infortúnio”. Ele criou apenas um perfeito e harmonioso mundo da Grande Harmonia. (Masanobu Taniguchi, Orações Diárias, volume II, p.69)

Em outras palavras, nós, seres humanos, somos “Filhos de Deus”, portanto, Deus, “nosso

Pai”, jamais se zanga conosco, não nos castiga nem nos impõe infortúnios ou provações. Precisamos estar convictos disto. Antes de mais nada, considero que é extremamente importante adquirir esta convicção. Por outro lado, há pessoas que lamentam e jogam dúvidas do tipo: “Eu sei disso. Sempre penso que sou Filho de Deus, um ser maravilhoso, e que não há ninguém superior a mim. Entretanto, apesar de pensar assim, as coisas não vão bem, não tenho sucesso em meu trabalho, e consequentemente não consigo ser feliz. Isso não é estranho? Em lugar de ser Filho de Deus, será que na verdade, o ser humano não é um ser inútil, sem valor? ” Essas pessoas, embora saibam que são Filhos de Deus, caem na arrogância de pensar que “Sou Filho de Deus e por isso, não há ninguém superior a mim”. E por negligenciarem o outro aspecto importante que é “o esforço e a diligência”, acabam não conseguindo obter bons resultados.

Para essas pessoas, o Sagrado Mestre Seicho Taniguchi, o anterior Supremo Presidente

da Seicho-No-Ie, nos ensina o seguinte:

NÃO SEJA ARROGANTE

Para o homem, filho de Deus, nada é impossível. O homem fenomênico, entretanto, possui muitos pontos que precisam ser melhorados, e existem muitas coisas que ele não consegue realizar. Quando alguém, no seu estado fenomênico imperfeito, julga-se perfeito e, tornando-se convencido, deixa de se esforçar, de estudar e de buscar humildemente o caminho, não mais progredirá. Ser jovem ou juvenil significa ser imaturo. Não significa que estou negando a perfeição e o aspecto maravilhoso da Imagem Verdadeira. Porém, no que se refere ao aspecto fenomênico, precisamos reconhecer que também os adultos são imperfeitos. Por isso o progresso é exigido do ser humano e ele precisa se esforçar constantemente. Essa vontade de progredir provém da consciência de “perfeição da Imagem Verdadeira”. Se o homem não fosse originariamente perfeito, não sentiria, o desejo de se esforçar e de progredir, nem sofreria de complexo de inferioridade ao se julgar imperfeito. O ser humano progride e se eleva incessantemente. (…) A pessoa que pensa “Sou insignificante”, na verdade não é realmente insignificante; apenas está lamentando o fato de ainda não manifestar o seu Eu verdadeiro. Ela pensa ser insignificante porque se compara ao seu Eu grandioso. Por ter conhecimento da sua perfeição e de sua magnificência e de que possui um coração grandioso, percebe que no estado em que se encontra ainda é imatura. Portanto, o ser humano não é um ser insignificante; ele é, na verdade, um maravilhoso Filho de Deus. Reconheçamos claramente essa Imagem Verdadeira e continuemos nos esforçando com perseverança. Avance e progrida; jamais retroceda. (…)

(Seicho Taniguchi, Mensagens de Amor e Sabedoria, Não seja arrogante. 1a. edição,1995, pp.33-34)

Muitas vezes nos sentimos pessimistas e desesperados quando as coisas dão errado, mas, na verdade, essa dor é a prova de que somos maravilhosos. Por outro lado, não é bom se sentir superior, nem tampouco se sentir inferior. Tanto a arrogância como o complexo de inferioridade são, em última análise, o eu do fenômeno, não o Eu da Imagem Verdadeira. O Sagrado Mestre Seicho Taniguchi nos ensina que as coisas não correrão bem se confundirmos a Imagem Verdadeira com o fenômeno. No mundo da Imagem Verdadeira, seus ideais já estão concretizados, e já lhe foi dado por Deus. Mas se você não perceber isso primeiro, não importa o quanto as coisas sejam maravilhosas no mundo da Imagem Verdadeira, você não poderá fazê-las acontecer neste mundo fenomênico. É como ter um monte de dinheiro acumulado em sua conta bancária, mas se você não souber isso, ou seja, se não perceber a sua existência, não poderá sacar esse dinheiro. Para manifestar as coisas maravilhosas do mundo da Imagem Verdadeira neste mundo, é necessário primeiro reconhecer a existência delas e depois empenhar esforços para a sua concretização. O primeiro passo para reconhecer a clara existência dessas coisas maravilhosas, é “orar”. Em seguida, é necessário ter na mente que “para mim, não existe o impossível” e empenhar-se com esforço, para a sua concretização. Esforço significa entrar em ação, como ir ao banco e sacar dinheiro de sua conta. Para o Homem-Filho-de–Deus, não existe o impossível. Suas esperanças já foram concretizadas, portanto, acredite que já as recebeu e entre em ação.

Novas reverências, muito obrigado.

Preletor da Sede Internacional Fumio Nishiyama – Presidente Doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina

Publicado no Boletim Informativo – Círculo de Harmonia Edição 333 (Setembro-Outubro/2023)