O problema da questão ambiental torna-se mais perceptível à medida que as alterações climáticas afetam o cotidiano das pessoas. Esse assunto é tão importante que é tratado mundialmente pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da ONU, criado em 1988 a partir da percepção de que a ação humana exerce influência sobre o clima, que, por sua vez, tem se manifestado de formas extremas: vendavais, inundações, secas, tempestades e furacões.
Muitos cientistas afirmam que, no Brasil, esses fenômenos têm se manifestado com a ocorrência de inundações no Sul, no Norte e no Nordeste e com a seca prolongada no Sudeste, ameaçando o abastecimento de água para milhões de pessoas. Essa situação tem origem nos hábitos de consumo e na escolha de fontes de energia.
A Terra é um local de aprendizado, em que utilizamos recursos naturais e os meios de energia nas atividades domésticas, industriais, agrícolas, esportivas e até mesmo religiosas, cujo consumo resulta na produção de resíduos industriais e urbanos, tanto sólidos como líquidos. Por exemplo, o preparo de alimentos gera resíduos sólidos e líquidos, e a queima do gás de cozinha libera gás carbônico para a atmosfera.
Ocorre que, nos últimos 150 anos, o desenvolvimento da atividade humana foi tão elevado que superou a capacidade de regeneração do planeta, forçando-o a reagir em busca de novo equilíbrio ambiental.
O prof. Seicho Taniguchi, no livro Viver com Alegria, alerta sobre a reação do planeta e os sinais que este está emitindo para a humanidade. Nossa civilização se desenvolveu utilizando recursos do subsolo, como petróleo, gás natural e carvão mineral, e a transferência dos resíduos de sua queima para a atmosfera tem causado alterações climáticas com impacto principalmente no aquecimento global, na intensidade e distribuição das chuvas e na produção de alimentos.
Por meio do clima, o planeta se manifesta nos sugerindo ajuste de conduta e revisão no relacionamento com a natureza. A Terra está nos pedindo socorro e nós podemos prover essa ajuda, estimulando o espírito de gratidão a todas as coisas, reconhecendo e despertando nossa origem divina e manifestando amor à natureza e a todos os seres vivos.
Além disso, podemos estimular o uso de fontes renováveis de energia, substituir os combustíveis fósseis por biocombustíveis, captar e utilizar a água da chuva, aproveitar a energia solar para aquecimento e geração de energia elétrica, bem como utilizar tecnologias disponíveis para a redução do consumo de energia.
Isso é exatamente o que nos orienta o prof. Seicho Taniguchi no livro Viver com Alegria, pp. 43 e 44: