Na época mãe de quatro filhos, ela voltou a estudar, chegou a professora universitária, faz doutorado em universidade europeia e formou um lar em que todos atuam pelo Movimento, dão conta dos mais variados aspectos da vida e são muito felizes.

A expressão Família Seicho-No-Ie não é no sentido figurado quando se trata dos Araújo. Maria Dalvaneide de Oliveira Araújo, Preletora em Grau Sênior, é esposa do Preletor João Ricardo de Araújo e mãe de cinco filhos, sendo quatro Divulgadores: Kleber, Mariana, Juliana e Layla – e um Líder da Iluminação Felipe.

Não seria necessário registrar que é reinante entre eles “o modo feliz de viver em harmonia com a Natureza”, porque, nesse caso, o slogan do Movimento sai de seu significado institucional e ganha vida no cotidiano desta família.

Hoje ela dá aula em quatro faculdades, atua em duas consultorias e faz doutorado na Universidade de Coimbra, uma das mais importantes da Europa. No entanto, nem sempre foi assim.

Ao longo do tempo, a Prela. Dalvaneide,  que é Vice-Presidente da Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL, encontrou na prática do Ensinamento da Seicho-No-Ie a força que a fez se curar de depressão, vencer o fantasma do desemprego e superar uma doença cuja solução, segundo a medicina, seria a retirada do útero, o que não aconteceu.

Confira a entrevista surpreendente com esta líder, profissional, acadêmica, mãe e esposa cuja atuação é exemplo de como uma mulher pode  alcançar a excelência em todas as faces e etapas de sua vida, alicerçada nas práticas aprendidas na Seicho-No-Ie.

 

Revista Mulher Feliz Qual é o segredo para ser bem-sucedida naquilo que se propõe a fazer, e como consegue encontrar tempo para resolver tudo?

Preletora Maria Dalvaneide de Oliveira Araújo (Prela. Dalvaneide) – Muitas pessoas me perguntam isso. Não é fácil levar uma vida assim, mas a resposta é simples. Simplesmente eu digo: prática da Meditação Shinsokan, que faz com que tenhamos uma atenção plena no aqui e agora. Claro, também devo o que sou ao amor e ao apoio da minha família. Outro elemento importante é se dedicar 100% ao que está fazendo agora e ter uma visão holística, que vem naturalmente com a prática diária da meditação que aprendemos na Seicho-No-Ie.

 

Revista Mulher Feliz Como conheceu a Seicho-No-Ie e de que forma isso se tornou decisivo para você e sua família?

Prela. Dalvaneide – Na verdade, nem eu e nem meu marido estaríamos vivos, e nem meus filhos existiriam, se não fosse a Seicho-No-Ie. Ainda muito jovem eu estava com depressão profunda, tinha sérios problemas de saúde, pois teria que retirar o útero, estava em desarmonia com meus pais e desempregada. Mas como eu tenho o “vício” da leitura, certa vez, em agosto de 1984, fui à casa de uma amiga para “assaltar” sua biblioteca, quando, de repente, caiu no chão uma revista aberta, na minha frente. Era da Seicho-No-Ie. Procurei o endereço de reuniões, solicitei uma orientação pessoal, aprendi a realizar a Oração para Perdoar[1] e a Meditação Shinsokan, comecei a ler os livros e a participar das reuniões da Associação Local dos Jovens. O resultado das práticas foi que em poucos meses eu estava curada do problema no útero, consegui o emprego dos meus sonhos em uma multinacional, me reconciliei com meus pais, encontrei a minha alma gêmea na Seicho-No-Ie e, ao longo do tempo, tive cinco filhos maravilhosos, todos praticantes do Ensinamento Homem-Filho-de-Deus.

FAMILIA SP ABRIL 2019 Preletora Dalvaneide, a inspiradora líder que construiu uma genuína Família Seicho-No-Ie Preletora Dalvaneide e família - da direita para esquerda: Felipe de Oliveira Araújo (Líder da Iluminação); Kleber Bruno (Divulgador); João Ricardo (Preletor); Dalvaneide (Preletora); Juliana Araújo (Divulgadora); Layla Clementino (Divulgadora); Mariana Araújo (Divulgadora).

Preletora Dalvaneide e família – da direita para esquerda: Felipe de Oliveira Araújo (Líder da Iluminação); Kleber Bruno (Divulgador); João Ricardo (Preletor); Dalvaneide (Preletora); Juliana Araújo (Divulgadora); Layla Clementino (Divulgadora); Mariana Araújo (Divulgadora).

Revista Mulher Feliz Consta que você ingressou na graduação em Pedagogia aos 35 anos de idade, já mãe de quatro filhos. Conte-nos sobre essa fase.

Prela. Dalvaneide – Em um dado momento, filhos ainda pequenos, eu e meu marido passávamos por dificuldades financeiras. Foi graças a ajudar a realização de um evento da Seicho-No-Ie, na Regional PE-RECIFE, que reencontrei pessoas de uma empresa em que eu havia trabalhado. Fui chamada de volta, mas eu precisava ter a graduação em Pedagogia. Entretanto, eu não passava no vestibular. Foi graças a uma orientação do Preletor Carlos Alberto da Silva, sobre a importância de nos acharmos merecedores, que eu acabei passando no vestibular, ganhei uma bolsa de estudos, terminei o curso como aluna laureada. A partir de então foram progressos um atrás do outro: fui promovida a Supervisora Pedagógica no Senac, tornei-me coordenadora de área de formação profissional desta mesma empresa, fui selecionada para fazer o Mestrado na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), promovida à Avaliadora da Faculdade Senac, passei no concurso público do Governo do Estado em primeiro lugar, recebi um convite para ser Consultora da Direção Geral e me tornei Diretora de Operações do Senac no Estado de Pernambuco. Na sequência, passei a Coordenadora de Projetos Sociais do Instituto Shopping Recife, fui ser professora substituta da UFPE, sou Coordenadora e Professora do Curso de Pedagogia da Faculdade do Recife (Farec), dou aulas no modo EAD para outras faculdades. Uma significativa vitória pessoal mais recente foi ter sido escolhida para dar aulas na Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (Facho), onde sofri bullying durante a graduação, por ter 35 anos, e não ser da classe social da maioria dos alunos, à época.

 

Revista Mulher Feliz Teve alguma prática, em especial, que foi fundamental para essa grande virada em sua vida?

Prela. Dalvaneide – Sim. Pratiquei religiosamente o que o Preletor Carlos Alberto me orientou, que era para realizar a Prática de Purificação da Mente e simplesmente repetir 20 vezes, ao acordar e ao dormir, as seguintes palavras: Eu sou o sucesso! Eu mereço o sucesso! Eu ACEITO o sucesso! É meu mantra pessoal até os dias de hoje.

 

Revista Mulher Feliz É notório que você, seu marido e seus filhos atuam pela Seicho-No-Ie de modo incansável. Como conseguem conciliar a vida profissional, familiar e religiosa em meio a tantos compromissos?

Prela. Dalvaneide – Somos uma família normal, com seus desafios cotidianos. No dia a dia, dividimos as tarefas de casa. Já tivemos, eu e o João Ricardo, de abrir mão de alguma atividade profissional para podermos assumir determinadas missões pela Seicho-No-Ie. Mas, quando isso ocorria nosso salário aumentava da noite para o dia nas outras atividades que exercíamos profissionalmente. O que sempre nos uniu e fortaleceu, apesar dos problemas que naturalmente surgem e da falta de tempo, é que desde quando os meus filhos eram pequenos tratamos a hora do jantar como um momento “sagrado”. É quando  nos reunimos para contar sobre o dia, dar risadas e nos divertirmos juntos. Também aos sábados à noite, quando estamos em casa, fazemos uma sessão de cinema em família.

 

Revista Mulher Feliz Para finalizar, e voltando à sua trajetória, descreva um momento muito especial da sua relação com a Seicho-No-Ie, e qual é o diferencial de um praticante do Ensinamento perante a sociedade.

Prela. Dalvaneide – Tanto eu quanto meus filhos e marido já tivemos experiências pessoais em que nossos chefes ou colegas falaram que perceberam “algo especial” na nossa atitude e atmosfera pessoal. Seja por sermos positivos, alegres ou solícitos, isso sempre transparece e somos promovidos ou aparece uma chance para nos desenvolvermos. Um momento especial foi quando eu precisei atuar como sacoleira. Foi uma fase difícil em que eu não tinha dinheiro nem para a passagem de ônibus. No entanto, todos os dias, sem falta, às 7h da manhã eu já estava na sede da Regional PE-RECIFE, fazia a Meditação Shinsokan com meu marido, ele ia trabalhar e eu ficava lavando os banheiros, varrendo o salão e limpando tudo. Depois, eu pegava revistas e cartazes de divulgação de nossos eventos e ia divulgar no comércio, nas ruas e nos sinais de trânsito. Mas eu fazia em silêncio. Ninguém ficava sabendo. O resultado foi que certo dia fui convidada para ser gerente de um empreendimento. Em ocasiões como essa, tomando como base a minha experiência, posso garantir que o sentimento de desprendimento e amor ao próximo é capaz de atrair amigos e novas oportunidades em nossas vidas. Muito obrigado!

 

[1] TANIGUCHI, Masaharu (2014). Minhas Orações. 33. ed. rev. 44ª impr. São Paulo: SEICHO-NO-IE DO BRASIL, pp. 16-18.