Ao longo da vida, encontramos diversas oportunidades de crescer e nos desenvolver. São muitas as missões atribuídas à mulher e, sem dúvida, desempenhar o papel de mãe é uma das mais gratificantes e desafiadoras. Gratificante porque a nós nos foi confiado cuidar e acompanhar o desenvolvimento de outro ser. Fomos escolhidas dentre milhares de mulheres. Desafiadora porque buscamos dar sempre o melhor a essa relação, mas nem sempre temos todas as respostas.

 Escolhidas para receber um, dois ou mais filhos, nós mães desenvolvemos uma forte ligação com cada um deles. Sentimo-nos responsáveis por eles, ainda na gestação e quando já estão aqui, somos as primeiras a dedicar todo cuidado e amor.  Nosso vínculo e ligação vão aumentando a cada dia e, com isso, inúmeras vezes, aumentam também as preocupações, os receios, os temores em relação a eles e a tudo o que os envolve.

No livro Revelações Divinas[1] de autoria do mestre Masaharu Taniguchi, p. 123, consta na Revelação Divina da Educação Infantil:

“Muitas mães se preocupam demasiadamente com seus filhos e, consequentemente, lhes transmitem vibrações mentais negativas, prejudicando-lhes a saúde e o destino. Algumas mães são tão apreensivas que não conseguem deixar seus filhos fora do alcance de sua vista, mesmo por um momento. Elas imaginam cenas em que seus filhos estão tropeçando e caindo, sendo atropelados por um automóvel, afogando-se no mar etc. Por que não podem proceder de outra maneira?”

Pensamentos e sentimentos desse tipo acabam gerando grande sofrimento não só à mãe, mas também aos filhos. A mente da mãe, presa tão fortemente a esses aspectos fenomênicos negativos, transmite toda essa vibração a eles, que acabam deixando de seguir naturalmente o curso natural da vida.

Ainda na mesma Revelação está escrito nas páginas 123 e 124:

“Elas se inquietam dessa maneira porque consideram suas crianças como filhos dos homens em vez de considerá-los filhos de Deus. Os filhos de Deus são criados por Deus, e os filhos dos homens são criados pelo homem. Quem pensa que seus filhos são filhos dos homens terá de viver preocupado a vida toda para criá-los. Porém, quem os considera filhos de Deus respeita-os e cuida deles com todo o zelo, mas sem preocupação alguma, pois sabe que Deus os está protegendo.”

Mas como despertar para isso? Como adquirir essa profunda convicção?

Expandir nossa consciência requer prática e treinamento. Precisamos visualizar e contemplar esse filho perfeito e feliz. A Meditação Shinsokan[2] e a leitura, tanto da Sutras Sagradas[3] como de livros da Seicho-No-Ie, que abordam temas sobre educação, são fundamentais. A prática diária fortalece a convicção, a confiança e a certeza de que nossos filhos são seres espirituais, vindos a este mundo para cumprir uma grande missão. Como mães, saberemos sempre por onde seguir e o que fazer, naturalmente, porque Deus está cuidando de tudo.

Ao mudarmos a direção da nossa mente e acreditarmos (não intelectualmente, mas com profundo sentimento) que nossos filhos não são nossos, mas sim filhos de Deus, todo temor e preocupação desaparecerão. Assim, mães e filhos passarão a viver plenamente livres e felizes.

 

[1] . TANIGUCHI, Masaharu (2012). Revelações Divinas, 1. ed. São Paulo: SEICHO-NO-IE DO BRASIL, pp. 123-124.
[2]  TANIGUCHI, Masaharu (2007).”Shinsokan” e outras orações: meditação para contemplar a Deus. 35. ed. São Paulo: SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
[3] TANIGUCHI, Masaharu (2007). Sutras Sagradas. 41. ed. São Paulo: SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
Danielle Prudente Duarte Rufino

Nossos Filhos não são nossos. Mulher Feliz. São Paulo, Fev.2019. Ser Mãe. pp. 12-13