O mundo contemporâneo em que vivemos foi, sobretudo, construído por meio de processos decisórios com base na eficiência, ou seja, fundamentado no uso intenso do hemisfério esquerdo do cérebro que estimula o raciocínio verbal, analítico, lógico e linear. Isso, naturalmente, permitiu o desenvolvimento de uma sociedade informacional, que prioriza a produtividade econômica e o materialismo. Mas, atualmente, percebe-se um movimento contrário:  o ser humano está buscando, por intermédio do desenvolver espiritual e do contato direto com a natureza, dar um outro significado ao  seu estilo de vida. 

“E o que tem tudo isso a ver com arte?” você pode estar se questionando. A arte, ou a sua apreciação, estimula o outro hemisfério cerebral, o direito, que é responsável pelo não-verbal, sintético, analógico, espacial e intuitivo. Desta forma, então, a expressão artística se torna uma potente ferramenta para organizar e harmonizar os conteúdos mentais e emocionais. 

 

Ter um estilo de vida equilibrado, onde a experiência e a eficiência sejam complementares e não contraditórias, é a razão da reflexão deste texto. Para isso, compartilhamos aqui um breve  conceito sobre arte, que se define, de maneira simplificada, como a atividade ou o produto realizado com propósito de expressão. Assim, podemos pensar em música, dança, cinema, teatro, literatura, fotografia, pintura, poesia e escultura. Aqui temos somente alguns exemplos de como praticar e apreciar a arte.

 

Seja como  espectador  ou como protagonista, sem se apegar à ambição de realizar uma grandiosa obra já de início, o propósito é  permitir o fluir da Grande Vida de Deus, de forma natural, por meio  da expressão dos  sentimentos e emoções.

 

Cabe aqui, entretanto, um ponto importante a saber: ao iniciar o apreço pela arte e a realizá-la na prática, desperta-se uma nova percepção do mundo e da rotina em que estamos inseridos. A arte em si é um meio de expressão, e contemplar o Belo, como sendo um exercício em nosso dia-a-dia, nos permitirá sentir o fluir da Grande Vida, não somente quando estamos realizando algo definido tradicionalmente como “artístico”, mas, também, em situações corriqueiras como cozinhar, brincar com o pet, praticar esportes, costurar, contemplar o anoitecer entre outras atividades. E, desta forma, conseguimos sentir, de fato, a alegria que naturalmente brota em nosso interior ao procurarmos ser o mais amplo canal de expressão Divina,  por meio do Ensinamento da Seicho-No-Ie que nos lembra a unidade entre Deus, natureza e seres humanos. 

 

Portanto, a importância de desenvolver e estimular o hemisfério direito do cérebro, por intermédio da arte e do instinto criativo,  além de fortalecer a nossa conexão com o Divino, culminando para um estilo de vida em harmonia com todos os seres e a natureza, também é um fator fundamental para a construção da base da Nova Civilização. Sejamos esta transformação!

 

Muito obrigado!

 

 

Departamento Cultural da Associação dos Jovens da SEICHO-NO-IE DO BRASIL