Floresta da Vida é inaugurada em Ibiúna/SP

Reflorestamento de mais de 10 hectares compensará emissões de CO2 até o ano de 2032.

Na área pertencente à Academia Sul-americana de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie, em Ibiúna/SP, exatas 26.613 árvores foram plantadas em 10,8 hectares disponíveis, perfazendo o que se denominou de Floresta da Vida, um projeto da SEICHO-NO-IE DO BRASIL (SNI/BR) em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, uma das mais prestigiadas instituições brasileiras dedicadas à defesa do meio ambiente.

No dia 06 de fevereiro de 2020, na Sede Central da SNI/BR, o contrato foi assinado oficialmente com a presença do Presidente Doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina, Preletor da Sede Internacional Fumio Nishiyama. No dia 28 de fevereiro de 2020, às 10h, foi realizada a Cerimônia de Plantio de Árvores para Preservação do Ecossistema e Manutenção da Vida na Terra (Floresta da Vida) no local do plantio.

Ato de assinatura do contrato, na sala 306 da Sede Central, foi celebrado no dia 06 de fevereiro de 2020 com a presença de representantes da SEICHO-NO-IE DO BRASIL e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Ato de assinatura do contrato, na sala 306 da Sede Central, foi celebrado no dia 06 de fevereiro de 2020 com a presença de representantes da SEICHO-NO-IE DO BRASIL e da Fundação SOS Mata Atlântica.
Em 28 de fevereiro, encontro no local do reflorestamento reuniu representantes, funcionários da Academia e residentes da Casa de Repouso da Grande Harmonia.  
Em 28 de fevereiro, encontro no local do reflorestamento reuniu representantes, funcionários da Academia e residentes da Casa de Repouso da Grande Harmonia.    

Como tudo começou – O processo teve início quando o Preletor Fumio Nishiyama solicitou que fosse formada uma equipe responsável por elaborar um projeto de compensação de emissões de CO2 da Sede Central, Subsede e Academia de Ibiúna, em conformidade com a Diretriz do Movimento da SEICHO-NO-IE DO BRASIL para a Construção da Base da Nova Civilização – 2020. O objetivo era encontrar um formato que desse conta dessa meta até o ano de 2025. Os critérios utilizados eram a eficiência, o custo e a área geográfica necessária para a implantação. “Começamos a analisar todos os tipos e formas de compensação, tais como energia eólica, placas fotovoltaicas, biomassa e hortas orgânicas, e chegamos à conclusão que a melhor alternativa seria o plantio de mudas de árvores”, explica o Diretor da SNI/BR e preposto da Academia de Ibiúna, à época, Preletor Jorge Uemoto Junior.

Solução caseira – O grupo responsável, que além do Preletor Jorge era formado pelo Preletor Aníbal Ferreira de Lima Neto e pelo Preletor Régis Yoshio Shimanoe, apresentou a conclusão da análise ao Preletor Fumio Nishiyama. Autorizados a dar andamento ao projeto, foi utilizado o Know How do Gabinete de Meio Ambiente, que tem como Supervisora a Preletora e Especialista em Gestão Ambiental Maria Marques Porfírio. “Após diversas pesquisas técnicas acerca de neutralização de carbono, saímos à procura de um terreno compatível que, segundo nossa parceira, a SOS Mata Atlântica, deveria ser de no mínimo 10 hectares”, lembra a Preletora Maria. Qual foi a surpresa da equipe ao constatar que a área da Academia de Ibiúna/SP, que fica atrás do estacionamento e próximo à Casa de Repouso da Grande Harmonia, tinha exatamente 10,8 hectares, viabilizando o projeto sem necessidade de uso de propriedade de terceiros.

Em 28 de fevereiro, encontro no local do reflorestamento reuniu representantes, funcionários da Academia e residentes da Casa de Repouso da Grande Harmonia.  
Em 28 de fevereiro, encontro no local do reflorestamento reuniu representantes, funcionários da Academia e residentes da Casa de Repouso da Grande Harmonia.

Mais surpresas positivas em relação a escolha do local – Como os recursos e o terreno seriam próprios, a parceria com a SOS Mata Atlântica se limitou a questões de ordem técnica. A ONG, criada em 1986 com a missão de promover a conservação e o desenvolvimento sustentável dos patrimônios naturais e históricos da Mata Atlântica, já havia sido parceira da SNI/BR no plantio de 1.800 mudas na cidade de Promissão/SP, em terreno cedido por terceiros. “Com a análise do perímetro e pelos cálculos realizados, descobrimos que, ao invés de compensarmos somente até 2025, na área de Ibiúna abrangeríamos a compensação até 2032, ou seja, por 12 anos e não cinco”, chama a atenção o Preletor Jorge.

Ação supera meta prevista pela Diretriz – Na Diretriz de 2020 consta, no item 5, a seguinte determinação: “A SEICHO-NO-IE DO BRASIL, sob a orientação da Sede Internacional, estabeleceu como meta zerar a emissão de CO2 proveniente das atividades da Sede Central e Subsede e da Academia de Ibiúna, além da locomoção de funcionários da Sede Central do Brasil, até 2025”. Como vimos, na prática a meta foi superada. Estão incluídas, no Projeto Floresta da Vida, as emissões de CO2 oriundas de viagens aéreas e rodoviárias com a compensação do carbono a partir de 2021, estendendo-se até 2032.

O alcance da ação em números – Trata-se de um salto quantitativo, em termos de defesa do meio ambiente, sem precedentes na história da SNI/BR desde que recebeu, em 2009, a Certificação ISO 14.001. De 2015 a 2018, nas três unidades destacadas pela Diretriz, as viagens aéreas e rodoviárias representaram 78,59% do total das emissões de CO2. Energia elétrica, combustível, recarga de extintor e ar-condicionado representam os restantes 21,41%. “Era o nosso maior desafio, sem dúvida, o transporte de nossos orientadores e funcionários, pois os outros itens de emissão, além de representarem apenas um quinto do total, já estavam sendo compensados com a parceria de reflorestamento de 1.800 mudas, feita também com a SOS Mata Atlântica”, explica a Preletora Maria.

As 26.613 árvores da Floresta da Vida compensarão a emissão de carbono das viagens aéreas e rodoviárias de orientadores e funcionários da Sede Central, Subsede e Academia de Ibiúna até o ano de 2032, no mínimo.
As 26.613 árvores da Floresta da Vida compensarão a emissão de carbono das viagens aéreas e rodoviárias de orientadores e funcionários da Sede Central, Subsede e Academia de Ibiúna até o ano de 2032, no mínimo.

Lideranças e adeptos aderem em massa – Durante o ato de assinatura do contrato com a Fundação SOS Mata Atlântica, realizado dia 06 de fevereiro, o Preletor Fumio Nishiyama elogiou a adesão maciça de adeptos, líderes do Movimento e participantes de eventos realizados antes do início da suspensão das atividades presenciais devido à pandemia da Covid-19. “É admirável o elevado grau de comprometimento das pessoas que tomam conhecimento do projeto e aderem a ele”, observou o Presidente Doutrinário da Seicho-No-Ie para a América Latina. O custo total de cada árvore plantada foi de R$ 15,00, incluindo as mudas. Assim, as 26.613 unidades perfizeram o valor de R$ 399.195,00. Foram definidas cotas para Regionais, Academias de Treinamento Espiritual e eventos específicos, obtendo-se, até o presente momento, retorno além da expectativa. Vale lembrar que a campanha ainda está em andamento. Cada doador, independente de quantas árvores doou, ganha um bóton referente ao Projeto Floresta da Vida.

O processo técnico em torno da Floresta da Vida – O contrato com a SOS Mata Atlântica previa que a entidade efetuaria o plantio das árvores em uma única etapa, com início em janeiro e término em março de 2020. Assim aconteceu. Além do acondicionamento das mudas, a partir de então o corpo técnico da ONG cuida do preparo, mapeamento e manutenção da área reflorestada. Será efetuado um acompanhamento por vistoria até o quinto ano a partir da data do plantio, sendo replantadas algumas mudas, caso seja necessário, nos dois primeiros anos. A Floresta da Vida integra uma estratégia mais ampla que visa a recuperação da Mata Atlântica, denominado de “Projeto Floresta do Futuro”, de responsabilidade da SOS Mata Atlântica.

Espécies que foram plantadas e a quantidade de CO2 compensada – Foram plantadas mudas nativas da Mata Atlântica tais como Araçá Amarelo, Ingá, Jacarandá, Jatobá, Pitanga e vários tipos de Ipê (branco, roxo e amarelo casca grossa). Cada uma das mais de 26 mil árvores representará a compensação de 0,2 toneladas de CO2, ou seja, um total de 5.322 ton. “No entanto, devido ao isolamento social causado pela pandemia no novo Coronavírus, e a depender de como a cultura de Lives e videoconferências doravante ingressará nas atividades da Seicho-No-Ie, esse período poderá ser estendido”, lembrou o Preletor Jorge.

A Cerimônia de inauguração – A inauguração da Floresta da Vida contou com a Cerimônia de Plantio de Árvores para Preservação do Ecossistema e Manutenção da Vida na Terra (Floresta da Vida), sob a Orientação do Preletor Fernando Antônio Mendes Marques. Da programação constaram itens como a Oração para Visualizar a Grande Harmonia entre a Natureza e os Seres Humanos e a Leitura do Canto em Louvor a Natureza. Prestigiaram o momento, da Sede Central, o Vice-Presidente Doutrinário da Seicho-No-Ie para América Latina, Preletor da Sede Internacional Junji Miyaura, e o então Diretor-Presidente da SNI/BR, Preletor em Grau Máster Yoshio Mukai, além da própria Preletora Maria Marques Porfirio.

Da Academia de Ibiúna compareceram o Administrador, Preletor Gil Kanasiro Filho, o Preletor e Oficiante Eraldo Pires do Nascimento, o Preletor Daniel Makuta, e mais alguns funcionários e moradores da Casa de Repouso da Grande Harmonia. Por parte da SOS Mata Atlântica compareceram dois representantes, Carlos Abras, Coordenador de Negócios e Mobilização de Recursos, e Aretha Medina, Coordenadora de Restauração Florestal.

 

Cerimônia de Plantio de Árvores para Preservação do Ecossistema e Manutenção da Vida na Terra (Floresta da Vida) consagrou o local de plantio, em momento histórico para a SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
Cerimônia de Plantio de Árvores para Preservação do Ecossistema e Manutenção da Vida na Terra (Floresta da Vida) consagrou o local de plantio, em momento histórico para a SEICHO-NO-IE DO BRASIL.

Projeto de relevância nacional – Para o Preletor Jorge, o fato de a Mata Atlântica contar atualmente com apenas 10% de seu manancial original, faz da Floresta da Vida um projeto de relevância nacional. “Constatamos, durante o processo, que é muito difícil, para não dizer muito raro, que existam empresas ou instituições que fazem esse tipo de projeto. A grande maioria usa a compensação de emissões de CO2 por imposições legais e para exploração em projetos de marketing”, informa o Preletor Jorge Uemoto Júnior, que acrescenta: “Além de cumprirmos a nossa diretriz, estamos promovendo uma cultura de preservação do meio ambiente que, não tenho dúvidas, servirá de referência ao nível de Brasil”, destaca ele ao apontar que reflorestar uma área que não estava sendo utilizada para outros fins é uma iniciativa pouco comum, o que agrega um certo grau de ineditismo à Floresta da Vida no cenário socioambiental brasileiro.

Você ainda pode fazer parte dessa história – Para quem ainda não contribuiu, ou deseja agregar às contribuições que já fez, ainda tem oportunidade de inscrever seu nome como coautor desse projeto de dimensões históricas sem precedentes.