Iniciamos, neste mês, uma série de artigos abordando a maneira pela qual a Seicho-No-Ie se posiciona perante os desafios enfrentados pelo ser humano no século 21.
Desafios representam, ao mesmo tempo, riscos e grandes oportunidades. Tornam-se oportunidades quando renovamos as respostas que foram adequadas ao século passado, mas que não nos servem mais.
Precisamos promover novos valores, mudar a leitura que temos de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Trata-se, assim, de construir a base de uma nova civilização.
Mas que é civilização?
Existem várias definições de civilização. Tomamos aquela que nos parece ser mais útil no presente contexto. Samuel Huntington, um autor citado por nosso Supremo Presidente, esclarece que:
Com esse intuito, podemos explorar melhor as possibilidades do lado direito do cérebro, voltando-nos para a arte e a criatividade, em vez de ficarmos limitados às funções do lado esquerdo, que prestigia a lógica e a eficiência no trabalho.
Será que o índice geral de felicidade não aumentaria caso vivêssemos enfatizando mais as semelhanças entre os seres, do que continuar reconhecendo apenas as diferenças?
Por que permanecermos elegendo a eficiência como valor máximo a ser alcançado? Será que não existe valor na experiência, ou seja, nas nossas sensações, como no cheiro exalado pela natureza após um período de seca? Ou no apreciar de um belo pôr do sol? Ou nos sons da mata?
Temos realmente o direito de achar que só os seres humanos podem crescer e se desenvolver no planeta Terra? Se continuarmos a adotar uma visão excessivamente antropocêntrica, estaremos negando esses mesmos direitos a diversas outras espécies.
Especulações dessa ordem podem continuar indefinidamente. Representam as várias escolhas que temos no nosso viver diário. Entretanto, seja qual for a opção que preferirmos, as consequências no meio ambiente, na biodiversidade, no nível de consumo de energia e na qualidade de vida dos nossos descendentes serão inevitáveis.
Nos próximos artigos, essas dicotomias serão estudadas com maiores detalhes, trazendo, inclusive, as soluções que a Seicho-No-Ie vem indicando e aplicando como necessárias para a construção de uma Nova Civilização. O maior risco é permanecermos na inércia.
A tarefa pode parecer desmesurada, mas lembremo-nos de que o status quo existente deriva da ação dos homens. Então são os homens que podem modificá-lo, para que aqueles que nos seguirão encontrem um nível de paz, liberdade e segurança melhor do que a situação que temos hoje.
REFERÊNCIA:
Construção da Base de uma Nova Civilização. Revista Fonte de Luz, n. 546. Ago. 2015.
[2] TANIGUCHI, Masaharu. A Razão de Ser da Mulher. v.1. 3.ed. São Paulo: Seicho-No-Ie do Brasil, 2003, p. 43.