Você está pronta para repensar sua vida? Se a resposta for sim, esta seção da Revista Mulher Feliz é pra você! Vamos rever alguns valores importantes em nosso dia a dia que, por inúmeros motivos, estavam esquecidos ou avaliados de forma equivocada. Juntas, vamos refletir e receber, serenamente, o que a vida nos reserva de melhor, sem temor de ser ainda mais feliz.

Amor é Perdão é o artigo deste mês.

Não podemos deixar de orar a Deus pela felicidade de todas as pessoas. Jesus orou a Deus pelas pessoas que o perseguiam: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Vamos orar pela felicidade de todas as pessoas! Vamos orar por quem nos faz sofrer, nos odeia, ou procura nos prejudicar. Por pior que seja a imagem que ele (a) esteja manifestando, ele (a) é originariamente filho (a) de Deus, e não pessoa má. Se parece ser malfeitor (a), isso se deve à nossa mente em ilusão, que o (a) vê como tal. No mundo de Deus, o mal não existe, em absoluto.

Insisto, não existe pessoa má, porque todo homem é, essencialmente, filho de Deus. Se alguém age mal, isso é, na verdade, manifestação de ação salvadora que visa ao nosso aprimoramento. Não significa absolutamente que as pessoas sejam más. Quanto maior for o ódio, mais devemos orar pela felicidade dele (a).

Aos 97 anos, 05 meses e 09 dias, minha sogra cumpriu sua gloriosa missão neste mundo terreno e ascendeu ao mundo espiritual. Um verdadeiro anjo na minha vida. Por vinte anos, contando 03 anos de namoro e 17 anos de casamento, não tivemos convivência de sogra e nora, pois simplesmente ela não aceitava o casamento de seu filho com uma mulher não descendente de japoneses. O sentimento nunca foi de ódio, mas de insatisfação, de um descontentamento profundo por parte dela e de lamento por minha parte. Mas, jamais perdi a fé de que esta situação um dia mudaria. E mudou! Após vinte anos, minha mãe japonesa me aceitou como sua filha brasileira (assim nos chamávamos) e pudemos desfrutar de um relacionamento verdadeiramente feliz e harmonioso. Ela nos apresentava aos desconhecidos da seguinte forma: este é meu filho e esta é a minha filha. Como tudo isso foi possível? Graças ao Amor!

Ser brasileira, descendente de imigrantes italianos e espanhóis e não de japoneses, foi apenas uma desculpa da vida para que, durante um longo período, pudéssemos descobrir os verdadeiros valores da vida. O perdão vigorou e o amor venceu. Procurei me colocar sempre no lugar dela, sem julgamentos. Desejava a nossa união, vibrando pela harmonia entre ela e meu esposo, incentivando-o sempre a estar com ela, presenteá-la, levá-la a passeios ou simplesmente mantendo contato por telefone. Para o filho, a mãe é sagrada. Para o esposo, a esposa é sagrada. Neste contexto não existe preferências, ciúmes, concorrência, inveja, nem qualquer outro sentimento negativo e contrário à harmonia.

Sentindo sempre a alma de meu esposo e ele a minha, vivemos todos esses anos na certeza de que teríamos uma convivência em paz e harmoniosa com nossa Okasan (mãe em japonês).

Como a lembrança mais sublime dos 07 anos de convivência, guardo no meu coração o momento em que minha mãe japonesa uniu minha mão à mão de meu marido e à dela e, em algumas amorosas palavras, felicitou nosso casamento, pedindo que nunca nos separássemos e cuidássemos, um do outro, até o fim. Essa era finalmente a bênção que esperávamos dela! Que momento inesquecível! Só quem tem fé na existência única do Bem pode viver uma experiência como essa. Devo essa graça a Deus, ao Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, aos meus antepassados e aos meus pais, por ter conhecido esta Verdade.

Jesus Cristo ensinou, no Sermão da Montanha: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”.

Amigas, compartilhei de forma escrita pela primeira vez esta passagem de minha vida. Você pode conseguir o que deseja, agora! Sim, tudo começa na mente!

Amadas leitoras, às vezes é preciso repensar nossa vida e dizer NÃO para a falsidade e SIM para o Amor!

Um beijo muito carinhoso a todas e até a próxima edição!

 

Lílian S. B. Norimatsu

Amor é Perdão. Mulher Feliz. São Paulo, jun./2019. Repensando a Vida, pp. 25-26.​