Olá! Meu nome é Mirian Regina Silva Fontes; conheci a Seicho-No-Ie em 1988, na cidade de Mogi-Guaçu, minha cidade natal, localizada no interior do estado de São Paulo. Sou Preletora da Seicho-No-Ie há 25 anos, e atualmente trabalho na Superintendência da Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL, como Coordenadora da Equipe Centro-Oeste e do Departamento Infantil e Kodomokai[1] da SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Venho compartilhar minha história de felicidade, conquistada graças às práticas do Ensinamento da Seicho-No-Ie em minha vida.

Sempre fui uma pessoa religiosa, sempre gostei de rezar. Porém, quando mais jovem, nutria um sentimento de revolta contra Deus. Isso porque, quando estava com 7 anos de idade, minha mãe resolveu sair de casa para viver com outra pessoa, deixando a mim, meu pai e meus dois irmãos. Para ajudar na criação dos filhos, meu pai optou por morarmos com meu avô paterno, que era um homem muito bravo, muito rígido. Nós três, como todas as crianças, corríamos durante as brincadeiras em casa e fazíamos os barulhos naturais da vida na infância, mas esse meu avô não tinha paciência e acabávamos apanhando sempre. Apanhamos muito. Cresci profundamente triste, porque quando apanhávamos eu pensava que, se minha mãe não tivesse ido embora, nós não estaríamos passando por aquilo. Eu queria ter aquela mãe amorosa que eu ouvia minhas amigas comentando, mas a minha não estava ali. Fui nutrindo sentimento de ódio pela minha mãe, pois me sentia lesada pela conduta dela.

A vida foi passando, e eu cresci com esses sentimentos de tristeza e revolta. Pensava que tinha nascido para ser infeliz e que assim seria até o fim. Quando estava com 20 anos, comecei a trabalhar num banco e uma querida amiga do trabalho me deu uma revista da Seicho-No-Ie. Lá estava escrito que podemos ser felizes, mediante nossa transformação. Identifiquei-me prontamente com o Ensinamento, me apaixonei por ele, e passei a frequentar as reuniões da Seicho-No-Ie na Associação Local da minha cidade. Aprendi diversas coisas maravilhosas nessas reuniões, entre elas o Ensinamento que consta na Revelação Divina da Grande Harmonia, do livro Revelações Divinas (Masaharu Taniguchi, 1ª ed., 2012, p. 13). Essa Revelação orienta que devemos ser gratos aos pais, pois quem não é grato aos pais não está em conformidade com a vontade de Deus. Entendi que precisava resolver essa questão com a minha mãe.

Passei a fazer a Oração para Reconciliar, que consta no livreto “Shinsokan e outras orações- Meditação para Contemplar a Deus ”(Masaharu Taniguchi, 37ª impr., 2010, p. 34), mas mesmo assim não conseguia transformar o ódio em amor. Continuei frequentando as reuniões, e mesmo depois de alguns anos na Seicho-No-Ie continuava da mesma forma. Até que fui participar de um Seminário de Treinamento Espiritual na Academia Sul-Americana de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie de Ibiúna – SP. Os seminários da Seicho-No-Ie nas academias oferecem vivências, palestras e práticas que nos auxiliam muito na transformação interior que buscamos. Neste seminário, durante uma palestra do Preletor Ênio Maçaki Hara, tomei a decisão de me reconciliar com a minha mãe. Essa questão em aberto estava atrapalhando várias coisas em minha vida. Os pais são como portas para a felicidade. Quando temos amor por eles, encontramos tudo que precisamos na vida. Porém, quando mantemos sentimentos desarmoniosos com relação a eles, ainda que tenhamos razão para isso, as “saídas” para a vida parecem estar fechadas.

Nessa época, estava morando com a minha mãe, exatamente para resolver todas essas questões.  Apesar de ter tomado a decisão de perdoar, ainda não conseguia sentir amor. Então, fui participar de outro seminário, o Seminário para Jovens Mulheres, realizado pela Associação dos Jovens da SEICHO-NO-IE DO BRASIL (AJSI/BR). Este seminário é tradicionalmente realizado durante o feriado de Páscoa. Dediquei todas as práticas daquele seminário para o objetivo de me reconciliar com a minha mãe. Quando retornei, tomei coragem, joguei a mala num canto e fui procurar minha mãe. Encontrei-a lavando louça, na pia da cozinha. Ajoelhei-me no chão, abracei os pés dela, e pedi perdão, do fundo do coração. Foi emocionante. Ficamos abraçadas ali, durante uns 10 minutos, e pela primeira vez conversamos sobre os motivos que a levaram a sair da nossa vida naquela época. Só então pude conhecer sua versão da história e entender os sentimentos dela. Justamente num Domingo de Páscoa, data que representa renascimento e libertação, realmente renasci.

 

20191215 133355 Reconciliar-se com os pais é a fonte da felicidade Olá! Meu nome é Mirian Regina Silva Fontes; conheci a Seicho-No-Ie em 1988, na cidade de Mogi-Guaçu, minha cidade natal, localizada no interior do estado de São Paulo. Sou Preletora da Seicho-No-Ie há 25 anos, e atualmente trabalho na Superintendência da Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL, como Coordenadora da Equipe Centro-Oeste e do Departamento Infantil e Kodomokai da SEICHO-NO-IE DO BRASIL. Venho compartilhar minha história de felicidade, conquistada graças às práticas do Ensinamento da Seicho-No-Ie em minha vida.
Sempre fui uma pessoa religiosa, sempre gostei de rezar. Porém, quando mais jovem, nutria um sentimento de revolta contra Deus. Isso porque, quando estava com 7 anos de idade, minha mãe resolveu sair de casa para viver com outra pessoa, deixando a mim, meu pai e meus dois irmãos. Para ajudar na criação dos filhos, meu pai optou por morarmos com meu avô paterno, que era um homem muito bravo, muito rígido. Nós três, como todas as crianças, corríamos durante as brincadeiras em casa e fazíamos os barulhos naturais da vida na infância, mas esse meu avô não tinha paciência e acabávamos apanhando sempre. Apanhamos muito. Cresci profundamente triste, porque quando apanhávamos eu pensava que, se minha mãe não tivesse ido embora, nós não estaríamos passando por aquilo. Eu queria ter aquela mãe amorosa que eu ouvia minhas amigas comentando, mas a minha não estava ali. Fui nutrindo sentimento de ódio pela minha mãe, pois me sentia lesada pela conduta dela.
A vida foi passando, e eu cresci com esses sentimentos de tristeza e revolta. Pensava que tinha nascido para ser infeliz e que assim seria até o fim. Quando estava com 20 anos, comecei a trabalhar num banco e uma querida amiga do trabalho me deu uma revista da Seicho-No-Ie. Lá estava escrito que podemos ser felizes, mediante nossa transformação. Identifiquei-me prontamente com o Ensinamento, me apaixonei por ele, e passei a frequentar as reuniões da Seicho-No-Ie na Associação Local da minha cidade. Aprendi diversas coisas maravilhosas nessas reuniões, entre elas o Ensinamento que consta na Revelação Divina da Grande Harmonia, do livro Revelações Divinas (Masaharu Taniguchi, 1ª ed., 2012, p. 13). Essa Revelação orienta que devemos ser gratos aos pais, pois quem não é grato aos pais não está em conformidade com a vontade de Deus. Entendi que precisava resolver essa questão com a minha mãe.
Passei a fazer a Oração para Reconciliar, que consta no livreto “Shinsokan e outras orações- Meditação para Contemplar a Deus ”(Masaharu Taniguchi, 37ª impr., 2010, p. 34), mas mesmo assim não conseguia transformar o ódio em amor. Continuei frequentando as reuniões, e mesmo depois de alguns anos na Seicho-No-Ie continuava da mesma forma. Até que fui participar de um Seminário de Treinamento Espiritual na Academia Sul-Americana de Treinamento Espiritual da Seicho-No-Ie de Ibiúna – SP. Os seminários da Seicho-No-Ie nas academias oferecem vivências, palestras e práticas que nos auxiliam muito na transformação interior que buscamos. Neste seminário, durante uma palestra do Preletor Ênio Maçaki Hara, tomei a decisão de me reconciliar com a minha mãe. Essa questão em aberto estava atrapalhando várias coisas em minha vida. Os pais são como portas para a felicidade. Quando temos amor por eles, encontramos tudo que precisamos na vida. Porém, quando mantemos sentimentos desarmoniosos com relação a eles, ainda que tenhamos razão para isso, as “saídas” para a vida parecem estar fechadas.
Nessa época, estava morando com a minha mãe, exatamente para resolver todas essas questões.  Apesar de ter tomado a decisão de perdoar, ainda não conseguia sentir amor. Então, fui participar de outro seminário, o Seminário para Jovens Mulheres, realizado pela Associação dos Jovens da SEICHO-NO-IE DO BRASIL (AJSI/BR). Este seminário é tradicionalmente realizado durante o feriado de Páscoa. Dediquei todas as práticas daquele seminário para o objetivo de me reconciliar com a minha mãe. Quando retornei, tomei coragem, joguei a mala num canto e fui procurar minha mãe. Encontrei-a lavando louça, na pia da cozinha. Ajoelhei-me no chão, abracei os pés dela, e pedi perdão, do fundo do coração. Foi emocionante. Ficamos abraçadas ali, durante uns 10 minutos, e pela primeira vez conversamos sobre os motivos que a levaram a sair da nossa vida naquela época. Só então pude conhecer sua versão da história e entender os sentimentos dela. Justamente num Domingo de Páscoa, data que representa renascimento e libertação, realmente renasci. Daquele momento em diante, toda a minha vida mudou. Com a minha reconciliação, meus irmãos também se reconciliaram com ela; a prosperidade surgiu em nossa vida e logo depois conheci minha alma gêmea, com quem hoje tenho duas filhas maravilhosas e sou plenamente feliz.  Estamos casados há 24 anos.
Sou testemunha de que o amor tudo cura, tudo resolve. Não é fácil nos ajoelharmos diante de alguém que até então odiávamos, que nos causou algum sofrimento e que por isso nos julgamos na posição de quem tem razão. Porém, a vida não é tão simples, e como seres humanos todos nós erramos vez ou outra, de modo que precisamos aprender a nos perdoar e a perdoar as outras pessoas também. Precisamos tomar a iniciativa de compreender o outro, especialmente nossos pais, pois enquanto não nos reconciliamos e não curamos os sentimentos de raiva, de mágoa, ficamos amarrados na situação e não conseguimos evoluir em todos os sentidos. Isso é necessário mesmo que eles não estejam mais neste plano.
Para quem estiver passando por uma situação de desarmonia com os pais, aconselho a fazer uma reflexão e tomar a decisão de perdoar. Isso fará bem a você e toda a família. Mesmo que não sejam os pais biológicos, na Seicho-No-Ie aprendemos que os pais adotivos são nossos pais também, assim designados por Deus para cumprir essa missão conosco. Eles merecem nossa total gratidão. Os pais biológicos também merecem profunda gratidão porque nos trouxeram à vida. Quando conseguimos amar, principalmente os pais, tudo se transforma; nossa vida passa a ter um rumo positivo, conseguimos conquistar a felicidade e encontrar a paz, que é a conquista mais importante de todas. Muito obrigada! Reuniões da Seicho-No-Ie para crianças em idioma japonês
Preletora Miriam e família

 

Daquele momento em diante, toda a minha vida mudou. Com a minha reconciliação, meus irmãos também se reconciliaram com ela; a prosperidade surgiu em nossa vida e logo depois conheci minha alma gêmea, com quem hoje tenho duas filhas maravilhosas e sou plenamente feliz.  Estamos casados há 24 anos.

Sou testemunha de que o amor tudo cura, tudo resolve. Não é fácil nos ajoelharmos diante de alguém que até então odiávamos, que nos causou algum sofrimento e que por isso nos julgamos na posição de quem tem razão. Porém, a vida não é tão simples, e como seres humanos todos nós erramos vez ou outra, de modo que precisamos aprender a nos perdoar e a perdoar as outras pessoas também. Precisamos tomar a iniciativa de compreender o outro, especialmente nossos pais, pois enquanto não nos reconciliamos e não curamos os sentimentos de raiva, de mágoa, ficamos amarrados na situação e não conseguimos evoluir em todos os sentidos. Isso é necessário mesmo que eles não estejam mais neste plano.

Para quem estiver passando por uma situação de desarmonia com os pais, aconselho a fazer uma reflexão e tomar a decisão de perdoar. Isso fará bem a você e toda a família. Mesmo que não sejam os pais biológicos, na Seicho-No-Ie aprendemos que os pais adotivos são nossos pais também, assim designados por Deus para cumprir essa missão conosco. Eles merecem nossa total gratidão. Os pais biológicos também merecem profunda gratidão porque nos trouxeram à vida. Quando conseguimos amar, principalmente os pais, tudo se transforma; nossa vida passa a ter um rumo positivo, conseguimos conquistar a felicidade e encontrar a paz, que é a conquista mais importante de todas. Muito obrigada!

 

[1] Reuniões da Seicho-No-Ie para crianças em idioma japonês
Mirian Regina Silva Fontes

Reconciliar-se com os pais é a fonte da felicidade. Mulher Feliz. São Paulo, out.2021. Vivência. pp. 21-22.