Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL: 70 anos de feitos edificantes
Preletor Fábio Dummer Camargo
No dia 21 de novembro de 1954, foi fundada essa Organização, que tem sido referência na expansão do Movimento em solo brasileiro.
Acompanhe, neste artigo especial, os principais acontecimentos que transformaram a Associação Pomba Branca (APB) da SEICHO-NO-IE DO BRASIL (SNI/BR) em uma referência espiritual, social, educacional, ambiental e familiar ao longo das últimas sete décadas.
Oficializada em nosso país em 21 de novembro de 1954, por ocasião da 1ª Convenção Nacional da Associação Pomba Branca do Brasil, essa Organização de feitos extraordinários foi fundada pela Sagrada Irmã Teruko Taniguchi, no Japão, em fevereiro de 1936.
Menos de dois anos depois, em dezembro de 1937, já havia uma Associação Local (AL) da APB na cidade de Guararapes-SP, graças à atuação de notáveis Líderes que expandiram o Movimento em solo brasileiro.
Fiquem agora com um breve apanhado da história desse sagrado grupo de mulheres que, com sua determinação, seu amor e sua docilidade, se torna a própria manifestação do caloroso amor materno de Deus pelo mundo.
Décadas de 1930 e 1940: primórdios
Desde setembro de 1934, quando o Professor Miyoshi Matsuda decidiu se tornar um propagador da Verdade, e seu irmão, o Professor Daijiro Matsuda, peregrinou a cavalo por milhares de quilômetros pela colônia japonesa ao longo de vários anos disseminando o poder de salvação das palavras da Verdade, a atuação das mulheres da Seicho-No-Ie foi decisiva e fundamental para a expansão do Movimento.
Em dezembro de 1937, foi inaugurado, em Guararapes-SP, o primeiro Núcleo da Associação Shirohato (Pomba Branca), tendo como coordenadora a senhora Fumie Teramae. Ela e seu esposo, Chikamori Teramae, importavam livros do Japão para divulgá-los no Brasil, numa operação logística complexa em uma época em que sequer havia iluminação pública na cidade.
Anos 1950: uma linha do tempo da consolidação da APB no Brasil
Anos 1960: viajando de cidade em cidade e indo às ruas para divulgar Revistas e Livros, as Pombas Brancas criam as bases do Movimento
Em 1963, com a vinda ao Brasil do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi e da Professora Teruko Taniguchi, então Suprema Presidente da Associação Pomba Branca, as Pombas Brancas do Brasil receberam elogios do sagrado casal pela sua conduta, seu zelo e sua docilidade.
Contudo, se nas relações expressavam meiguice, nas atitudes eram pura determinação. Com o lançamento da Revista Acendedor (hoje Fonte de Luz) em 1965, Pombas Brancas descendentes de japoneses, que mal sabiam falar português, enchiam as sacolas e os braços com exemplares e saíam pelas ruas para divulgar o Ensinamento entre os brasileiros.
Por volta de 1966, senhoras não descendentes, brasileiras de várias origens, tornaram-se grandiosas missionárias. De rodoviária em rodoviária, puxando sozinhas pesadas malas de Revistas e Livros, faziam com que o Ensinamento da Seicho-No-Ie alcançasse um grande número de pessoas e se expandisse rapidamente.
Os anos 1970 e a popularização da Seicho-No-Ie tendo como suporte a Associação Pomba Branca
Em visita doutrinária ao Brasil com o esposo, Sagrado Mestre Seicho Taniguchi, a Professora Emiko Taniguchi orienta a Convenção Nacional na Sede Central, em 1970. Em novembro desse ano, é realizado o primeiro Seminário da Luz para senhoras, comparecendo cerca de 200 participantes brasileiras.
Em 1973, se dá a segunda visita de pregação do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi ao Brasil. Com a disseminação do Ensinamento entre mulheres não descendentes de japoneses, a APB ajuda a lotar as conferências, o que foi decisivo para que as reuniões em idioma português se multiplicassem.
Nessa época, merece destaque a atuação da Preletora Antônia Misaki Matsuo, que, todas as terças-feiras, fazia palestras e orientações para as mulheres, dia em que o Salão Nobre da Sede Central ficava lotado até a porta.
Os anos 1980: década de grandes transformações
Em 1985, com o passamento do Sagrado Mestre Masaharu Taniguchi, assume como Supremo Presidente o Sagrado Mestre Seicho Taniguchi, que elege como prioridade dar grande propulsão à Associação Pomba Branca. Sua esposa, Professora Emiko Taniguchi, torna-se Suprema Presidente da Associação Pomba Branca da Seicho-No-Ie.
No Brasil, é lançada a Revista Pomba Branca (hoje Revista Mulher Feliz), também em 1985. Logo, a tiragem inicial de 50 mil exemplares começa a aumentar. Em 1986, é realizado o 1º Congresso Nacional em Proteção à Pequena Vida, no Palácio de Convenções do Anhembi, em São Paulo-SP, com 2.000 participantes.
Em 1988, a 24 de abril, no Japão, a Professora Teruko Taniguchi, fundadora da APB, deixa este plano terreno. No Brasil, ao final desse ano, assume a Presidência Nacional da Associação Pomba Branca da SNI/BR a Preletora da Sede Internacional Marie Murakami, que, no ano seguinte, em 1989, inicia a tradição anual da Cerimônia em Memória da Sagrada Irmã Teruko Taniguchi e o Seminário em homenagem à fundadora da Associação Pomba Branca.
Cursos para lideranças, uma diretoria central de destacada atuação nas bases e grande entusiasmo marcam essa década. Outro passo significativo se deu em 1989, quando a Organização passa a se denominar Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL.
Os anos 1990 e a gestão da Preletora Marie Murakami
Durante a Presidência da APB, do final de 1988 até o ano de 2005, a Preletora Marie Murakami fez história na função. Em 1992, as Reuniões de Mães se estenderam para a Organização de atividades em português e o resultado foi algo notável. Rapidamente, o número de reuniões saltou de 59 para 777, sob o poderoso lema “Mãe de joelhos, filho de pé”. O resultado foi a multiplicação de Associações Locais a partir das Reuniões de Mães, tendo como Coordenadora Nacional a Preletora Leonor Ichikawa. Um Curso Nacional para Coordenadoras dessas reuniões foi realizado em português e japonês.
Também em 1992, a APB assumiu o Kodomokai, as Reuniões de Crianças, que anteriormente eram atribuição da Associação dos Jovens da SNI/BR. Em 1994, foi realizado o 1º Curso Nacional para Orientadoras e Coordenadoras de Reunião de Crianças, que passou a ser realizado anualmente. Aconteceu também o 1º Concurso Nacional de Narração Infantil em idioma português, na Sede Central da SNI/BR.
Foi nos anos 1990 que tiveram início o Encontro Nacional em Prol da Pequena Vida; milhares de Revistas Pomba Branca (Mulher Feliz) foram entregues em penitenciárias femininas; foi lançado o Jornal Querubim, direcionado ao público infantil; e a Preletora Marie Murakami entregou nas mãos do Senador José Sarney, Presidente do Senado à época, um abaixo-assinado com 200 mil assinaturas contra a legalização do aborto.
Em 1998, foi realizado o Seminário de Treinamento Espiritual em Prol da Pequena Vida, que foi orientado pelo Professor Kamino Kusumoto, na Academia de Ibiúna, para mais de 1.500 pessoas.
O marcante início dos anos 2000
Ainda sob a gestão da Preletora Marie Murakami na Presidência da APB, os anos 2000 iniciaram com uma Convenção Nacional da SNI/BR para 20 mil pessoas no Estádio da Portuguesa de Desportos, com grande destaque para a atuação das Pombas Brancas. Cinco anos depois, elas também levaram público em massa para o Jubileu de Ouro da Associação dos Jovens da SNI/BR, ajudando a reunir cerca de 28 mil participantes no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Ainda no ano 2000, o 5º Encontro Nacional em Prol da Pequena Vida reuniu 4.000 pessoas na Praça da Sé, em São Paulo-SP. O Curso Lady’s Power, para Líderes da APB, passou a reunir, na Academia de Ibiúna, mais de 1.000 mulheres, em média, a cada edição, chegando a 1.600 participantes em 2004.
No ano de 2003, ocorreu outro acontecimento significativo: a arrecadação e o preparo de mais de 30 mil kits-bebê para doação a mães carentes, evento que contou com a presença da então Primeira Dama do Governo do Estado de São Paulo, Maria Lúcia Alckmin.
Em 2004, foi celebrado o Jubileu de Ouro da Associação Pomba Branca, um evento magistral realizado no Credicard Hall com a participação de 5.000 Dirigentes da APB de todo o Brasil. Por essa ocasião, foi publicado um livreto com a história completa de 50 anos de existência dessa magnífica Organização.
2005 a 2016: as gestões das Preletoras Leonor Ichikawa e Lílian Norimatsu
Na década seguinte, a APB teve à frente duas diferenciadas Líderes que deixaram legados ímpares: a Preletora Leonor Ichikawa, com gestão de 2005 a 2011, e a Aspirante a Preletora da Sede Internacional Lílian Súzi Baffi Norimatsu, de 2011 a 2016.
Orientada a partir de 2009 pela Professora Junko Taniguchi, que assume a função de Suprema Presidente da Associação Pomba Branca, a Organização passou a dar respostas efetivas aos desafios globais relacionados ao meio ambiente, à filantropia, à terceira idade, à Pequena Vida, entre outros.
Na gestão da Preletora Leonor, o papel social e ambiental da SNI/BR foi perpassado pela onipresença das Pombas Brancas, que deram sustentação à conquista da Certificação ISO 14.001 em 2009.
Em 2006, a então Presidente representou a Seicho-No-Ie em Brasília-DF, numa audiência pública em prol da Proteção à Pequena Vida, onde foi ouvida por autoridades. Também nesse ano, a Revista Pomba Branca (Mulher Feliz) começou a publicar sistematicamente matérias relacionadas ao meio ambiente.
A gestão da Preletora Lílian, que esteve como Vice-Presidente Nacional no período da Preletora Leonor, deu continuidade à adequação às necessidades do século XXI. Foco na Pequena Vida, com cerimônias específicas uma vez ao mês em todas as Regionais do Brasil; prioridade ao Departamento Infantil visando à formação de sucessores; Seminários de Treinamento Espiritual para Crianças nas Academias, bem como Seminários para Pais e Filhos; Encontros Nacionais em prol da Pequena Vida em várias capitais brasileiras; distribuição ostensiva do Jornal Querubim; celebração dos 60 anos da Organização, o Jubileu de Diamante, em 2014; realização dos Seminários para Terceira Idade nas Academias de Treinamento Espiritual; uma linda homenagem para 2.000 pioneiras da APB, com outorga de certificados; e a mudança do nome da Revista Pomba Branca para Revista Mulher Feliz, numa forma de aproximação com o público externo, foram importantes legados do período da Preletora Lílian.
Gestões da Preletora Viviane Hara: adequação ao perfil da mulher moderna
Ao assumir a Presidência da APB em 1º de março de 2017, a Aspirante a Preletora da Sede Internacional Viviane Tenório de Macêdo Hara iniciou uma adequação administrativa, organizacional e até cultural sem precedentes na história da Organização.
Atualmente em sua terceira gestão, seu lema foi o alinhamento das ações aos novos tempos e ao perfil da mulher moderna. “Buscamos nos aproximar das mulheres, atender suas demandas da atualidade e fazer com que todas percebam a grandiosidade da Organização a que pertencem”, afirmou a Preletora Viviane, referindo-se tanto ao público feminino que ainda não conhece a Seicho-No-Ie quanto às lideranças e adeptas que já atuam.
Os avanços organizacionais e administrativos são inúmeros. Dentre eles, destacam-se: a consolidação da Missão, Visão e Valores da APB; a aproximação com as bases, o que permitiu acompanhamento e solução de questões pontuais; a criação de equipes de trabalho interno, com projetos por região do Brasil e coordenadoras atuando próximas às bases; e a criação de uma Secretaria de Comunicação inovadora, abrangendo publicações impressas, redes sociais (Facebook e Instagram) e a página da APB no Portal, além da Revista Mulher Feliz e do Jornal Querubim.
Atualmente, são três os projetos que pautam as ações da APB:
1) Projeto “Novos Dias, Nova Mulher”, que visa ao aumento de participantes nas ALs;
2) Projeto Reunião de Vizinhança, incentivando perfis específicos como terceira idade, casais e mães;
3) Projeto “Luz em Sua Vida, Revista Mulher Feliz”, voltado para o aumento da divulgação da tradicional publicação mensal.
Um dos avanços das gestões da Preletora Viviane foi a unificação organizacional dos movimentos em idioma japonês e português, incluindo Conselhos Executivos Centrais, projetos de apadrinhamento por região e grupos de WhatsApp. Outra marca da APB é o sucesso de público no Curso Mulheres de Deus e nos Seminários de Treinamento Espiritual nas Academias, após o período de reclusão trazido pela COVID-19. Durante a pandemia, as Pombas Brancas se destacaram por confeccionar e doar milhares de máscaras e kits com produtos de higiene e Revistas Sagradas. Outro destaque foi a realização de milhares de Visitas de Bênção virtuais e o surgimento de ALs na modalidade virtual. Um projeto de Estudos para Mulheres via plataforma virtual, o atendimento personalizado às lideranças nas bases, o rejuvenescimento da faixa etária das Líderes e novas músicas infantis da SEICHO-NO-IE DO BRASIL são mais algumas frentes de atuação da atual gestão da Preletora Viviane, que, com sua equipe, liderou a retomada das atividades presenciais em mais de 1.000 ALs que hoje mantêm atividades em todo o Brasil. Nesses 70 anos de feitos edificantes, a Associação Pomba Branca da SEICHO-NO-IE DO BRASIL merece efusivos aplausos, de pé, de toda a Família Seicho-No-Ie, que reverencia a notável determinação, amor e docilidade das Líderes e adeptas da Organização que manifesta o caloroso amor materno de Deus pelo mundo. Muito obrigado.