Seminário de Carnaval 2025
Aproveite o feriado de Carnaval de uma maneira diferente: em um ambiente de profunda espiritualidade, alegria e
É com imensa alegria que estamos dando início a mais um encontro da Educação da Vida, por esse canal de comunicação, que é o YouTube. Muito obrigado pela oportunidade. A vocês que estão assistindo a esse programa, deixe o seu “like” (gostei). E inscreva-se no canal para poderem estar conectados conosco – com a Superintendência das Atividades dos Educadores.
No tema de hoje, vamos falar um pouquinho sobre o exemplo, a força, o poder do exemplo na Educação, utilizando o livro A Verdade da Vida, volume 14, da coleção A Verdade da Vida e o livro Pedagogia da Seicho-No-Ie, de autoria do Professor Masaharu Taniguchi. E vamos finalizar o Encontro com uma oração, do livro Minhas Orações.
Antes de dar início ao tema propriamente dito, gostaria de agradecer a todas as pessoas que têm nos acompanhado pelo YouTube, em nossas atividades, em nossas palestras. Muito obrigado, muito obrigado! Temos recebido vários e-mails, agradecendo e parabenizando por esse evento que ocorre todas as quintas-feiras às 14horas e as 20 horas.
Dando início, então, a esse nosso estudo de hoje, o livro Pedagogia da Seicho-No-Ie é um livro bastante importante para nós, que somos educadores, que somos pais. Esse livro nos auxilia bastante na educação dos nossos filhos e na formação dos nossos alunos, inclusive, eu gostaria de iniciar falando do prefácio desse livro. Algumas pessoas, quando começam a ler um livro ignoram o prefácio e entram direto no capítulo que querem estudar.
Aqui no prefácio do livro Pedagogia da Seicho-No-Ie, o Professor Masaharu Taniguchi escreve o seguinte: “Não há nada mais lamentável do que pais inseguros na condução da educação dos seus filhos.”
A primeira vez que eu li esse prefácio, fiquei bastante intrigado e me questionando por que será que não há nada mais lamentável do que pais inseguros na condução da educação dos seus filhos? Fui refletir um pouquinho e cheguei a conclusão de que o autor – o Professor Masaharu Taniguchi – está nos dizendo assim: pais inseguros criam filhos inseguros, pais felizes criam filhos felizes. Então, eu entendi isso e depois que eu entendi isso, a mãe de um aluno meu veio me fazer exatamente essa pergunta:
Professor, porque meu filho é tão inseguro? E eu disse assim: – Mãe, reflita se na educação que você fez com seu filho, se você não demonstrou um pouquinho de insegurança.
Eu fiquei bastante intrigado em relação a essa questão, pois, da mesma forma podemos pensar em relação a nossa atuação enquanto educadores: educadores inseguros transmitem a insegurança para os seus educandos e por que não? Eu gostei bastante dessa provocação e na página 35, o Professor Masaharu Taniguchi fala exatamente o tema desse nosso encontro de hoje: “O instinto de imitação e a educação”.
Quando dizemos assim: o poder do exemplo na educação, estamos dizendo que nós somos o exemplo, o exemplo de educação para os nossos filhos, e que esse exemplo de educação para os nossos educandos parte de nós.
O Professor Masaharu Taniguchi inicia o texto dizendo assim: – Há uma fase em que a criança manifesta de maneira muito acentuada seu instinto de imitação. Talvez alguns de vocês poderiam se perguntar, mas será que isso ocorre somente com as crianças? E o Professor Masaharu Taniguchi responde: “Mas não é só na criança que existe esse instinto. Ele está presente também no adulto. O instinto de imitação, sendo uma característica básica do ser humano; é comum a todos os indivíduos”
Quando falamos do instinto de imitação, o poder que o exemplo exerce na educação dos nossos filhos ou dos nossos educandos, muitas vezes, nem percebemos, no nosso dia a dia, que mesmo sem usar nenhuma palavra, estamos transmitindo alguma coisa para os nossos filhos e para os nossos educandos.
Eu me lembro que uma vez, um amigo meu, trouxe a seguinte questão, que exemplifica muito isso que nós estamos falando aqui: ele tem dois filhos, um de três e um de cinco anos e um belo dia os dois irmãozinhos brincando, o mais velho bateu no mais novo, e ele na qualidade de pai, pensou: “Não posso permitir isso, não posso permitir que meus filhos fiquem brigando. E então disse para o menino mais velho assim: “Você brigou com seu irmão, vai para o castigo”. E o menino dizia: “Não vou”. E ele dizia: “Você vai”. E o menino insistindo, dizendo que não ia para o castigo, e ele novamente usou a frase do início: “Você brigou com seu irmão, vai para o castigo”. Então ele olhou para o pai e disse assim: “Ontem você brigou com a minha mãe e quem colocou você de castigo? O menino, simplesmente desarmou o pai.”
Perguntei para ele o que havia feito, mediante o que havia acontecido e ele falou:
“Olha, Luiz, na hora eu sinceramente fiquei pasmo, então eu sentei no tapete da sala de casa e disse para o meu filho: ‘Filho, o que eu fiz não está certo e o que você fez também não está certo, vamos fazer o seguinte? Vamos procurar não fazer mais isso, pode ser?’ E o menininho respondeu para ele assim: ‘Se está bom para você, está bom para mim’.” Que bonitinho!
Então, esse exemplo que eu trago para vocês, mostra que, muitas vezes no nosso dia a dia, através das nossas ações, das nossas atitudes, através das nossas palavras, estamos mostrando para o outro alguma coisa. Precisamos sempre refletir, se temos sido um bom modelo de cidadão para o nosso filho.
Eu tenho sido um bom modelo de cidadão para os meus educandos? E outra coisa, que eu me lembrei também, enquanto estava estudando para fazer esse encontro, foi que, certa vez a mãe de um aluno meu, perguntou-me: “Professor, tem coisas que eu nunca ensinei para o meu filho e ele sabe fazer. Então respondi a ela: “Sabe por quê, mãe? Mesmo você pensando que não ensinou o seu filho, acabou ensinando. Por que? As crianças têm o hábito de serem muito observadoras, você ensina uma vez ou nem precisa ter ensinado, ela já aprende observando”. Nós, adultos, perdemos um pouquinho dessa capacidade que a criança tem, com tamanha facilidade, que é a questão da observação. ” Então, ela observa com detalhes, por isso que nós precisamos ter um cuidado muito grande para com os nossos filhos, para com os nossos educandos.
No livro consta: “Há quem afirme que a arte também é uma manifestação do instinto de imitação do ser humano. Muitos, porém, discordam dessa ideia. Uns afirmam que a arte não nasce da simples Imitação, outros dizem que a arte surge como manifestação espontânea do desejo de auto expressão do ser humano, pois expressar-se é inerente à Vida. Há também, os que afirmam que a arte é uma manifestação da criatividade do ser humano, pois a força criadora é inerente à Vida e os que defendem a ideia de que a arte é expressão natural das emoções humanas”.
Entendemos que existem várias teorias em relação a essa questão do instinto de imitação, mas seja qual for, a ideia presente aqui, é que de alguma maneira estamos ensinando alguma coisa para eles – para os nossos filhos e para os nossos educandos.
É claro que muitas vezes, dentro das nossas ações, estamos ensinando coisas boas. Agora, no caso que eu trouxe para vocês, do pai em relação aos dois filhos, sabemos que entre nós – adultos – caso haja necessidade de discutir a relação com a esposa, faça isso longe da criança, não faça isso na frente dela.
Quando o pai briga com a mãe na frente dos filhos, qual é a lição que ele está dando para os filhos? “Estão vendo? Quando crescerem, para conquistar alguma coisa, terão que brigar. ” E sabemos que não é assim, que não há necessidade, ao contrário, a briga traz para dentro do lar, uma vibração negativa.
No livro a Verdade da Vida, volume 14, na página 185, o Professor Masaharu Taniguchi diz assim: “Tudo que vemos, ouvimos e sentimos diariamente, penetra no nosso interior através dos órgãos sensoriais e se aloja em nosso subconsciente, logo se a melhoria do meio ambiente é necessária até para os adultos, o é muito mais para as crianças, que se encontram em fase de desenvolvimento. Todas as coisas que integram o meio ambiente, refletem-se na mente da criança. ”
Muitas vezes, os adultos, subestimam a inteligência e a capacidade da criança, achando que porque ela é pequena, não tem problema, pode acompanhar as brigas, as discussões, enfim, e não é verdade. Tudo o que aqui vemos, ouvimos e sentimos penetra em nosso subconsciente e ali fica alojado.
Muitas vezes, os adultos, subestimam a inteligência e a capacidade da criança, achando que porque ela é pequena, não tem problema, pode acompanhar as brigas, as discussões, enfim, e não é verdade. Tudo o que aqui vemos, ouvimos e sentimos penetra em nosso subconsciente e ali fica alojado.
Um outro exemplo muito interessante que eu gostaria de trazer para vocês é a da mãe de uma aluna minha que chegou para mim e disse assim: “Professor, eu preciso muito da sua ajuda!
– Sim, mãe, o que houve?
– Minha filha está roubando!
A questão que a mãe trazia ali, era que a menina, no início da adolescência, tinha adquirido o péssimo hábito de mexer nas coisas dos outros. Quando essa mãe trouxe para mim essa questão, eu tive na mesma hora, uma sensação de que, quem havia ensinado isso para a menina tinha sido a própria mãe. E não podia dizer isso a ela, até porque eu ainda não tinha certeza se era isso mesmo. Ocorreu uma ideia e eu perguntei para mãe: “Conta para mim, um pouquinho, como foi a infância da menina”.
Ela começou a me contar que quando a menina era pequenininha – ela tinha uns 11 meses, a situação financeira deles era muito difícil e moravam em uma casa que tinha quarto, uma cozinha e um banheiro. Era uma casa bem pequenininha. O marido achava que o dinheiro que ele dava a ela para fazer as compras era suficiente e não era. Então, ela esperava o marido dormir e sem fazer barulho, ela abria a carteira dele e tirava o dinheiro. Cada dia ela tirava uma quantia que ele não fosse perceber que ela havia mexido na carteira dele.
De posse dessa informação, eu pensei que a minha teoria estava indo para o caminho certo. Então, eu disse a ela: “Mãe, eu preciso dizer uma coisa para você, mas eu não sei se você está preparada para ouvir. “Não, professor pode falar, pode falar, pois o que o senhor falar para mim, eu vou aceitar e entender. ’ Então, eu disse: Mãe, quem ensinou a sua filha roubar foi você. “Mas, como professor, a menina era só um bebezinho de 11 meses”.
Então, eu usei com ela essa mesma frase que eu usei com vocês: “Não subestime a inteligência de uma criança”. Ela ficou nervosa, chorou. Dei um pouco de água para ela, e quando ela se acalmou, eu conversei com ela e ela me perguntou: “Professor, e agora, o que eu faço? ”. Eu disse para ela assim: “Mãe, faça o seguinte: todos os dias quando a sua filha dormir, a senhora espera uns 15 a 20 minutos, quando ela cair no sono profundo, a senhora vai conversar com ela, explicando: “Filha, quando aconteceu isso, a nossa situação era difícil! ”. Contextualiza com ela a situação que vocês viviam naquele momento, e muito importante, peça perdão para sua filha: – me perdoe, minha filha, em momento algum conscientemente, eu quis ensinar para você que isso está certo. Peça muito perdão a ela, dizendo que ela é uma menina muito linda, que ela é uma menina muito educada, diga para ela dormindo: – eu confio em você, a mamãe confia em você.
E disse a mãe, que ela iria fazer por um período, pois não adiantaria fazer apenas uma vez e não repetir mais. Então, ela foi praticando, praticando, conversando com a menina dormindo todas as noites, explicando para ela o que que tinha acontecido.
Passou o ano e eu até tinha me esquecido daquela nossa conversa. Quando eu chego próximo do final do ano, eu perguntei para a mãe: “Faz tempo que estou para te perguntar uma coisa”. “O que, professor? ”. “Aquela questão que você me trouxe em relação a sua filha. Como ficou? ”. “Nossa, professor, do jeitinho que o senhor explicou, do jeitinho que o senhor ensinou, eu fiz e rapidamente ela melhorou muito. Tanto que não precisei mais vim conversar com o senhor sobre isso, inclusive eu aproveitei e fiz a mesma coisa com meu marido! ”.
E eu disse assim: “Mulher de Deus, o que que você fez com seu marido? ”. E ela disse: “Ah, professor, meu marido é excelente, é um excelente marido, mas tinha um hábito de beber um pouquinho a mais, então quando ele chegava em casa, que já estava alto, por causa da bebida, ele deitava no sofá e eu sentava do lado dele e botava a cabeça dele na minha perna e ficava alisando a cabeça dele e falando: “Meu amor, você é um marido tão bom, a sua filha te ama tanto, eu te amo também, por que que você não larga essa porcaria dessa bebida? Isso não vai te levar a lugar nenhum e ficava conversando, conversando. Professor, eu consegui em menos de um ano, ajudar minha filha a eliminar esse péssimo hábito, que é o de mexer nas coisas alheias, e por tabela também acabei ajudando o meu marido a se livrar do vício da bebida. Hoje, professor, vivemos uma vida extremamente felizes. ”
Então, quando o mestre fala aqui, que tudo que nós vemos, ouvimos e sentimos, fica guardado no lugar chamado subconsciente; era o caso dessa menina, deitadinha no berço e a mãe achando que a menina já havia dormido, mas estava acordada e observando a mãe. Então, isso prova que o exemplo ensina muita coisa também. O exemplo traz essa educação que nem percebemos, sobre o efeito no outro.
Ainda aqui no livro A Verdade da Vida, volume 14, o Professor Masaharu Taniguchi diz assim: “Não devemos lançar sementes de ervas daninhas no solo mental das crianças. Façamos o possível para lançar sementes que deem lindas flores e frutos deliciosos. Lancemos no solo mental das crianças, a semente da paz, semente da saúde, semente da harmonia, semente da generosidade, sementes da autoconfiança e sementes da bondade.”
Que lindo isso, quando ele fala de sementes da autoconfiança. A mesma coisa que o mestre fala aqui: pais inseguros, criam filhos inseguros! Essa autoconfiança, nós vamos desenvolvendo através do estímulo, que é uma palavra muito utilizada por nós, na Educação da Vida. A importância do estímulo, estimular a autoconfiança, estimular os bons atos, estimular a bondade da criança.
Quando, por exemplo, você vê um aluno, um estudante, um filho fazendo um ato de bondade, potencializar e elogiar: “Nossa, que lindo, que lindo que você fez, adorei, isso é muito bonito! ”. A semente de erva daninha que, infelizmente não percebemos, mas acabamos lançando no solo subconsciente das crianças.
No livro: “Tais sementes não devem ser lançadas pelo velho método educacional de enfiar lições de moral na cabeça da criança, através de livros e sermões, pois isso de nada adiantará. O melhor é mostrar às crianças na vida cotidiana, exemplos de boas palavras e boas ações. ” Olha, que bacana é isso! Através do nosso exemplo, através das nossas atitudes, das nossas ações.
O Professor Masaharu Taniguchi no livro Ensinamento da Verdade para Jovens, escreve que quando você quer ensinar uma coisa para alguém e não está conseguindo, ele diz para não desistir, mas inverter o processo. Como assim inverter o processo? Se você está ensinando a alguém que ela deve ser próspera, torne-se você essa pessoa tão próspera, ao ponto que o outro, logo conclua: “Poxa, quero ser tão próspero como é fulana de tal. ” Se você quer ensinar uma pessoa a ser feliz, torne-se você, essa pessoa feliz, ao ponto do outro chegar à seguinte conclusão: “Quero ser tão feliz, como fulano! ”
Você quer ensinar uma pessoa a ser feliz e vive com cara de maracujá murcho – como fala o dito popular? Quer ensinar para uma pessoa sobre a importância da alegria, a importância do sorriso e vive de cara feia? Não dá!
Esse é um outro exemplo que eu queria trazer para vocês sobre o instinto de imitação, a importância do exemplo. Eu e minha esposa temos um filho, que agora está com 12 anos. O Victor, quando ele tinha seus quatro ou cinco aninhos, a minha esposa, que também é professora e preletora da Seicho-No-Ie, estava no sofá lendo um livro da Seicho-No-Ie, porque ela faria uma palestra, e eu estava sentado no outro sofá, estudando um livro também para uma palestra que eu tinha. De repente, eu digo para minha esposa para olhar bem devagarinho, e o Victor estava sentado no chão, no tapete da sala de casa, balançando a cabeça de um lado para outro e na mão, o livro de ponta-cabeça. É lógico que ele não estava lendo, mas naquele momento, ele estava mostrando para nós assim:
“Ah, vocês estão lendo, vocês estão estudando, eu também estou lendo, estou estudando! ” Só que com o livro de ponta cabeça. Eu achei tão bonitinho! E falei que achava muito bom que ele estivesse seguindo nosso modelo, nosso exemplo.
Então, percebam que muitas vezes, é nas sutilezas das coisas que percebemos o quanto é importante os nossos atos, as nossas ações no dia-a-dia. Outra coisa bem importante também, para que possamos ter bastante êxito nos estudos com os educandos, com os filhos, é que mostrarmos para eles, que praticamos isso. A teoria está nos livros, tudo o que o Mestre escreveu, mas o que adianta eu ler o que está escrito aqui e não colocar em prática?
Na página 37 do livro Pedagogia da Seicho-No-Ie tem um trecho muito interessante que o mestre escreve assim: “Conheço um conceituado empresário, que é membro da Seicho-No-Ie e tem filhos maravilhosos, de conduta exemplar. Certa vez numa reunião de empresários, um amigo lhe disse: ‘Invejo você, que tem filhos tão bons, pois os meus são terríveis. Vão mal nos estudos, tem péssimo comportamento. Qual o segredo de educar tão bem, os seus filhos?’ Com muita simplicidade, aquele empresário respondeu: ‘Eu apenas, evito praticar qualquer ato de que possa me envergonhar e que não gostaria que meus filhos praticassem’.”
O Professor Masaharu Taniguchi conclui: “Lamentavelmente, muitos pais não são assim. De um lado, eles praticam atos que não gostariam que seus filhos praticassem, e de outro, queixam-se da má conduta dos filhos.”
Maravilhoso o exemplo desse empresário. É exatamente isso que estamos discutindo, quais exemplos você mostra para os seus filhos em seus atos. E colocar em prática, visualizando seus filhos como maravilhosos, perfeitos e educados.
Certa vez, eu fui orientar uma reunião do ciclo da prosperidade e na sequência das aulas, tinha um tema que era sobre a pedagogia da Seicho-No-Ie e ao fazer a palestra, falei dessa questão de que muitos pais cobram que seus filhos tenham caráter, tenha uma boa índole e que eles próprios, muitas vezes, não o fazem. Um dos alunos do ciclo levantou a mão e disse que queria falar do seu filho, que na época tinha uns 12 ou 13 anos. Meu filho, um dia chegou em casa e disse assim: “Papai, hoje na aula eu achei 10 reais.” ”E o que você fez com esse dinheiro?”
“Eu devolvi para professora, eu fiz certo? ”, disse o filho, ao que o pai respondeu: “Para eu dizer se você agiu certo ou errado, eu tenho que te fazer uma pergunta.
– O que é que você sentiu naquele momento, quando entregou o dinheiro? E o filho respondeu: “Eu me senti bem, eu me senti feliz, porque eu não sabia de quem era. Os amiguinhos diziam que era deles e eu me senti bem, em entregar para a professora. ” Disse o filho.
“Então, agora eu posso te dar a resposta. Você agiu certo, porque quando você age e não se sente bem, é bem provável que você tenha tomado a decisão errada. Agora, eu não sei te dizer por que isso aconteceu com você, mas eu tenho certeza que daqui a pouco vamos entender o que aconteceu”.
Passou-se uns dias e houve a reunião com os pais, e a esposa dele não podendo ir, pediu que o marido fosse. Quando ele chegou à reunião, sentou-se, pegou a pauta, lá continha vários itens e o último era roubo na sala de aula. Os assuntos foram sendo discutidos e faltando o último item, a professora pediu que o pai do Victor – o filho dele também se chamava Victor – saísse da sala. Ele saiu e a professora comentou o que estava ocorrendo e disse que o Victor havia entregado o dinheiro que havia encontrado, sendo assim, ela tinha certeza de que ele não tinha nada a ver com o último item da pauta. Assim, dispensou o pai.
Quando chegou em casa, disse ao filho: “Lembra que eu falei para você que não sabia por que que tinha acontecido aquele evento de você ter achado o dinheiro na sala de aula? A professora na reunião de hoje elogiou muito você por conta dessa atitude que tomou e que ela tinha certeza que você não tinha nada a ver! ”
Essa é a educação que ele passa para o filho dele, de não mexer no que não é seu e que caso encontre algo que não é seu, devolver à professora, no caso da sala de aula.
Ainda no livro A Verdade da Vida volume 14: “Ao conversarmos com uma criança seja a respeito dela ou de outras pessoas, devemos salientar apenas seus pontos positivos, belos e louváveis. Assuntos sobre os defeitos e pontos negativos, seja de quem for devem ser evitados o quanto possível na frente das crianças. Quando inevitável, mencioná-los por alto sem lhes dar muita importância para que a atenção da criança não se concentre nos pontos negativos”.
Muitas vezes, o adulto não só não tem um cuidado como esse, como fala de forma escancarada na frente das crianças, falando mal dos outros ou então ensinando a própria criança a mentir, como muitas vezes eu já vi a mãe mentindo a idade do filho para ele passar por baixo da catraca e não pagar passagem na condução ou a mãe mentir a idade do filho para ele pagar meia-entrada no cinema. O próprio adulto, sem ter essa noção efetiva, está ensinando a criança a ter hábitos não muito saudáveis.
Continuando no livro: “Devemos também através de histórias verídicas ou fictícias, mostrar-lhes que o mundo está cheio de exemplos de uma vida sumamente nobre, honrada e bela. Assim cultiva-se no espírito da criança, a aspiração por uma vida nobre construtiva e bela. Mas isso não deve ser feito forçadamente, é preciso ir conduzindo a alma da criança aos pontos cada vez mais belos e elevados, à medida que ela for demonstrando o interesse nesse sentido”. É muito importante!
Os dois livros citados Pedagogia da Seicho-No-Ie e a Verdade da Vida volume 14 possuem trechos fantásticos para nos dar um suporte na formação, na educação dos nossos educandos, dos nossos filhos e assim sucessivamente.
Vamos praticar, a teoria é muito boa, mas a prática é que consolida esse conceito. O conhecimento é importante? Sem dúvida, mas sem a prática, ele caminha numa perna só.
Nesse momento, eu gostaria que vocês fechassem os olhos, serenassem a mente, inspirando o ar pelo nariz e soltando o ar pela boca. Inspira o ar pelo nariz e quando soltar o ar, solte todas as suas tensões. Inspira o ar pelo nariz e quando soltar o ar, solte todas as suas preocupações e de olhos fechados, acompanhem a leitura.
– Oração para mentalizar a bondade de todos –
No mundo originariamente criado por Deus, existe unicamente o bem. Deus não criou coisa ou criatura alguma que não fosse boa. Conhecer isso é essencial.
Devemos procurar sempre descobrir o bem em todos os seres e coisas e para tornar isso um hábito são necessário esforço e dedicação. É preciso tomar a grande decisão de doravante, ver somente o bem, pensar somente no bem, falar somente do bem e praticar atos que exprimam o bem.
Ao se recolher em seu quarto, serene a mente e faça a seguinte oração: “Deus é o Todo de Tudo. Deus é bem, portanto nada existe além do bem. Todas as pessoas são boas, pois são filhas de Deus. Não há uma pessoa sequer que nutra hostilidade contra mim ou que faça comentários maldosos a meu respeito. Mesmo que haja alguém que me critique, sei que suas críticas são a voz de Deus dirigida a mim para tornar-me melhor.
Agradeço profundamente por isso. Muito obrigado”.
Muito obrigado, muito obrigado! Essa mentalização está na página 59 do livro Minhas Orações. É um livrinho de capa verde, que tem orações para tudo que precisarmos. Fica a dica para que conheçam esse livro “Minhas Orações”.
Desta forma, estamos encerrando a mais esse encontro da educação da vida. Estou muito agradecido a Deus pela oportunidade e muito feliz também porque estamos conseguindo levar para o lar de muitas pessoas, muitos educadores que estão passando por esse momento difícil. Estamos entrando na casa das pessoas, levando um pouquinho de conforto, um pouquinho do nosso acalento do coração.
Então, muito obrigado pelo amor de cada um dos senhores, muito obrigado, muito obrigado. ”
Transcrição da Reunião Virtual sobre Educação transmitida no dia 06/08/2020 pelo canal do YouTube da SEICHO-NO-IE DO BRASIL
Aproveite o feriado de Carnaval de uma maneira diferente: em um ambiente de profunda espiritualidade, alegria e
O que é a Seicho-No-Ie? A Seicho-No-Ie é uma filosofia de vida que une espiritualidade, religiosidade e